“Fizeram vandalismo e quebraram os cadeados. Chegaram na prefeitura 5h da tarde, que não era mais horário de expediente, por isso que o prédio estava fechado. Ninguém nos pediu as chaves. Os documentos ficaram lá”, afirmou o ex-secretário ao Correio Notícia, em entrevista por telefone, nesta terça-feira (9).

Ainda segundo ele, que é filho do prefeito afastado Erivaldo Mandu, todas as contas da prefeitura na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil ficaram cerca de R$ 3,3 milhões, dinheiro suficiente para quitar os restos a pagar de 2017, pagar fornecedores e servidores.

“Mas o prefeito que assumiu quer declarar estado de calamidade para contratar sem licitação, porém, todos os contratos que foram feitos por meio de licitações continuam válidos”, apontou o ex-secretário de Finanças, que é mais conhecido como Aquiles Mandu.

Já o prefeito em exercício Franklin Lou informou ao Correio Notícia, no último fim de semana, que teme que a população seja prejudicada, pois até as folhas de pagamento não foram encontradas. “Achei que ia encontrar uma prefeitura organizada, com folha de funcionários, etc., pois já tem pagamento para o dia 20”, ressaltou o novo gestor.

Nesses primeiros dias, segundo Franklin Lou, a prefeitura ficará fechada e funcionará apenas com serviços internos para tentar organizar a situação e “ter noção de como está o município”.

Ele ressaltou que foi feito um Boletim de Ocorrência relatando a situação encontrada no prédio e que vai tomar medidas junto aos Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) “para ajudar a dar um rumo ao município”. “Quero organizar as coisas o mais rápido possível para que a população não sofra”, disse o novo prefeito.

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