Promotores de justiça e técnicos que integram a Força-Tarefa de Combate à Covid-19, do Ministério Público de Alagoas (MPE/AL), já tem em mãos uma série de denúncias envolvendo servidores públicos, políticos e parentes suspeitos de terem “furado a fila” para se vacinarem contra a Covid-19.
A relação com os nomes dos “fura-filas” foi levantada após fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU), que expediu uma recomendação ao Estado para que ele dê publicidade dos critérios escolhidos para que um paciente consiga vaga numa UTI.
A CGU sugeriu aos poderes públicos a inclusão das atividades educacionais como serviços essenciais e orientação para as prefeituras para que exijam comprovação dos profissionais de saúde autônomos de que eles efetivamente estão na linha de frente de combate ao novo coronavírus.
Diante da gravidade das denúncias, o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público (Nudepat) propôs a criação de um grupo de trabalho para acompanhar a apuração das dezenas de ocorrências apresentadas pela CGU, suspeitas de terem burlado as normas legais para conseguir se vacinar, em desacordo com os critérios de prioridade.
Segundo o promotor de justiça José Carlos Castro, coordenador do Nudepat, a partir da criação desse grupo de trabalho haverá melhores condições de analisar documentos, fazer diligências e ouvir as pessoas suspeitas.
O promotor enfatizou a denúncia da CGU que descobriu entre os vacinados em Alagoas uma seleta relação de mortos vacinados. Sem citar a relação dos municípios investigados, o promotor apenas confirmou que existem várias denúncias no Sertão de casos de "fura-filas".
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