Os crescentes casos de mulheres vítimas de violência no Sertão de Alagoas, principalmente dentro de casa, motivou estudantes do curso de direito da Faculdade Cesmac do Sertão a criarem um aplicativo que vai ajudar às vítimas pedirem mais rápido socorro à polícia.
Denominado de “Não”, o aplicativo, com apenas um clique, acionará o batalhão da Polícia Militar mais próximo, que localizará automaticamente onde está acontecendo o crime.
A presidente da Liga Acadêmica, Isabelle Mendes, enfatiza que a ferramenta, além de ajudar às mulheres, vai poder salvar vidas. "É um aplicativo que pode ser acessado por qualquer pessoa. Onde tem um texto, também tem uma imagem, uma cor, como o botão do pânico. Então, da pessoa mais instruída à menos favorecida, vai conseguir pedir ajuda em caso de violência doméstica", detalha.
Por enquanto, o aplicativo vem funcionamento em fase de testes em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas, numa parceria com a Guarda Municipal, porém é aguardada uma reunião com o comando da Polícia Militar (PM/AL) para que a ferramenta seja estendida e acessada em todas as cidades do Estado, embora os idealizadores do programa desejem iniciar no Alto Sertão, onde, de acordo com os registros da Polícia Militar, os casos de agressões, principalmente com a pandemia, têm crescido cerca de 300%, se comparados com anos anteriores.
Através do aplicativo “Não”, a vítima vai poder enviar fotos e vídeos para provar as agressões e os arquivos só poderão ser acessados pela polícia. Com o “Não” será possível cadastrar números de pessoas próximas, que também serão contactadas, automaticamente, no caso de uma emergência.
O aplicativo será gratuito e estará disponível nas lojas Play Store (para celulares Android) e, ainda, está em negociação com a App Store (IOS).
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