Já os outros 6 deputados votaram pelo prosseguimento do caso, que poderia resultar em afastamento do presidente do cargo e julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Porém, o resultado final da votação foi 251 votos a favor de Temer e 233 contrários. Com isso, a denúncia foi arquivada e o presidente somente será julgado quando finalizar o mandato. Para que garantisse o arquivamento, eram necessários pelo menos 172 votos.

Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A denúncia rejeitada pela Câmara também inclui os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral), acusados de organização criminosa.

O primeiro dos deputados alagoanos que votou a favor de Michel Temer foi Arthur Lira, que desempenha o papel de líder do chamado “Centrão” da base de apoio ao presidente. Arthur é filho do senador Benedito de Lira (PP).

Já o deputado Marx Beltrão foi exonerado do cargo de ministro do Turismo, na semana passada, para que pudesse participar da votação de hoje. Ele deve ser renomeado para o cargo de ministro nos próximos dias.

Maurício Quintella Lessa também foi exonerado do cargo de ministro para participar da votação. Ele deverá ser reempossado como ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

Mudança de lado

Diferentemente da votação da primeira denúncia contra Michel Temer, em agosto, quando votou a favor do presidente e pelo arquivamento do caso, o deputado federal Cícero Almeida (PMDB) surpreendeu ao votar contra o presidente, na sessão desta quarta-feira (25).

Outra surpresa foi o voto do deputado Pedro Vilela (PSDB), cujo partido é da base aliada do presidente Temer, que votou pelo prosseguimento da denúncia e contra o presidente. Na votação anterior, em agosto, Vilela faltou à sessão.

Já os deputados Givaldo Carimbão (PHS), Paulão (PT), JHC (PSB) e Ronaldo Lessa (PDT) mantiveram o posicionamento da votação passada e novamente votaram contra Michel Temer e pelo andamento da denúncia.

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