A ação foi intitulada "Operação Landfill" e, por meio dela, técnicos o MPE com apoio de policiais militares, tentam encontrar provas da participação do político em uma suposta organização criminosa que teria atuado nas licitações e execuções contratuais realizadas no âmbito do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos (Cigres).

A suposta fraude teria causado prejuízos de cerca de R$ 6 milhões ao erário de Olho d’Água e de outros municípios consorciados. Destaca-se que o Consórcio tinha como fundamentação o aterro sanitário de Olho d’Água das Flores, que também recebia os resíduos sólidos de mais 17 cidades sertanejas, durante a gestão de Carlos André Paes Barretos dos Anjos. Um outro detalhe é que o “Nen” era o presidente do Consócio.

Conforme a assessoria do MPE, na operação desta sexta-feira (8) foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, dois em Olho d’Água das Flores, sendo um deles na residência do ex-prefeito, e outros quatro nos bairros da Ponta Verde e Benedito Bentes, em Maceió. Todos os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital

Também foram apreendidos bens dos suspeitos, visando a um futuro ressarcimento ao erário e material para fins do complemento da investigação.

Em um dos endereços onde foi cumprido um dos mandados foi apreendido o valor de R$ 42.525,00.

Os municípios que participam do Cigres (Região Bacia Leiteira) são: Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Carneiros, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Isidoro, Maravilha, Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, Olivença, Palestina, Pão de Açúcar, Santana do Ipanema, São José da Tapera e Senador Rui Palmeira.

Relembre o caso

Em setembro de 2009, também por determinação da 17ª Vara, uma outra operação policial prendeu políticos e empresários de Olho d’Água das Flores acusados de desvio de verbas públicas e fraudes em licitações.

As investigações ganharam força com a prisão do vereador de Carneiros, Paulo Sérgio Vieira (DEM), o “Tarzan”, que foi preso na casa dele com várias notas frias de sua empresa e documentação que remetia que a fraude teria acontecido em várias prefeituras da região, entre elas a de Olho D´agua das Flores.

Outros suspeitos eram servidores públicos que supostamente fraudavam licitações, emitiam notas fiscais frias e superfaturavam obras. Onze dos treze acusados de terem participado do esquema fraudulento foram condenados pela Justiça.

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