O ex-vereador Valdo Sandes e a esposa dele, a vereadora por Delmiro Gouveia Fabíola Marques (PSL), enviaram uma nota do Correio Notícia na qual afirmam que a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE/AL) ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) possui afirmações “absolutamente inverídicas e decerto serão rejeitadas pelo Poder Judiciário”.
Conforme a nota, as alegações da denúncia ofertada à Justiça pelo MPE/AL foram feitas por “delatores que não apresentaram qualquer elemento de corroboração, providência que a eles era impossível exatamente porque com tais pessoas nunca mantive qualquer relação ou tratativa”.
Confira abaixo, na íntegra, a nota enviada pelo ex-vereador e pela vereadora.
Caro Jornalista, considerando o teor da matéria veiculada nesse jornal e que repercute a denúncia que contra mim e a Vereadora Fabíola Marques fora ofertada pelo Ministério Público Estadual, venho esclarecer que a narrativa e as imputações nela implementadas são absolutamente inverídicas e decerto serão rejeitadas pelo Poder Judiciário, uma vez que amparadas em meras declarações verbalizadas por delatores que não apresentaram qualquer elemento de corroboração, providência que a eles era impossível exatamente porque com tais pessoas nunca mantive qualquer relação ou tratativa.
A despeito da surpresa e perplexidade decorrentes da notícia de que contra mim e a Vereadora iniquamente fora proposta uma ação penal, afirmo que nos meus aproximados 30 (trinta) anos de vida pública jamais cometi qualquer tipo de irregularidade administrativa e não permitirei que a minha história de trabalho honesto e probo seja enxovalhada por aqueles que, buscando despudoramente garantir a impunidade de seus malfeitos, não hesitam em criar enredos mirabolantes para vincular terceiros às condutas ilícitas que se põem a confessar.
Mantenho-me tranquilo e confiante de que a verdade prevalecerá.
Erivaldo Bezerra Sandes (Valdo Sandes)
Fabíola Marques
Relembre o caso
Valdo Sandes e Fabíola Marques, bem como os vereadores Kel (PSB), Kinho (PRP), Júnior Lisboa (MDB), Casa Grande (PPS) e Marcos Costa (MDB), o ex-secretário de governo Sivinho, o pregoeiro Bruno Constant Mendes Lobo e o prefeito de Delmiro Gouveia, Padre Eraldo (PSD), tiveram o pedido de prisão feito pelo procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, ao TJ/AL, em denúncia datada de 26 de setembro deste ano e revelada pelo Correio Notícia no dia 4 de outubro (relembre aqui).
Além disso, foi pedido ainda o afastamento dos cargos de 57 integrantes e ex-integrantes da gestão municipal, incluindo secretários e o chefe de gabinete.
A denúncia ofertada pelo Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) é referente à investigação de um esquema de fraude de licitação que teria desviado cerca de R$ 20 milhões dos cofres da prefeitura, fato pelo qual foram apreendidos vários documentos em uma operação deflagrada no dia 15 de março deste ano pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Na ocasião foram cumpridos mandados de busca e apreensão no prédio da prefeitura e em outros setores da administração municipal. As provas coletadas são citadas na denúncia oferecida pelo MPE/AL, que aponta o prefeito como chefe de uma organização criminosa, com o objetivo de desviar dinheiro público.
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