O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou oficialmente nesta sexta-feira 9220, a sua filiação ao PSD, partido do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab. Pacheco foi eleito senador em 2018 pelo Democratas, partido do qual se despediu nesta sexta. A saída do DEM já havia sido comunicada pelo senador ao presidente nacional da legenda, ACM Neto, na noite de terça-feira (19), em um encontro entre os dois em Brasília. Nesta sexta-feira, Pacheco usou suas redes sociais para oficializar a sua decisão. “Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitosa”, disse o senador. “Meus agradecimentos especiais ao presidente ACM Neto pela atenção a mim sempre dispensada e manifesto meus votos de sucesso ao recém-criado União Brasil, na pessoa de seu presidente, deputado Luciano Bivar”, finalizou o parlamentar.
Pesou na decisão de Pacheco a criação do União Brasil, que surgirá da fusão do DEM com o PSL. O presidente do Senado avalia que essa configuração cria um cenário incerto, uma vez que a nova legenda passará por um processo de reestruturação. A capilaridade do PSD e o fato da bancada mineira no Senado ser formada por dois futuros correligionários (Carlos Viana e Antonio Anastasia) também foram levados em consideração. A filiação de Pacheco ao PSD vinha sendo costurada desde o primeiro semestre deste ano. O plano de Kassab é lançar o presidente do Congresso como candidato à Presidência da República nas eleições de outubro do ano que vem. O parlamentar, no entanto, evita falar sobre sua possível candidatura em 2022.
Pacheco, como atual presidente do Senado Federal, vem se consagrando como uma peça importante no cenário da política brasileira. Em 2021, o senador contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e de sua base nas eleições pela Presidência no Senado. O político iniciou sua carreira no antigo PMDB em 2014. Na época, Pacheco se elegeu deputado federal. Em 2018, ele se colocou como pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PMDB, mas enfrentou resistência dentro da sigla. Por esse motivo, o parlamentar saiu do partido e se filiou ao Democratas. Na nova legenda, Pacheco tentou emplacar mais uma vez sua candidatura a governador de Minas, porém foi preterido pelo DEM, que decidiu apoiar o nome do PSDB. Assim, o político concorreu a uma vaga no Senado Federal e foi eleito. Em 2021, Rodrigo Pacheco venceu Simone Tebet (MDB) na disputa pela presidência da Casa.
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