O ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que chegou a ser chamado de "governador dos sertanejos" por diversas vezes, principalmente durante o último mandato, foi citado por delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato, conforme publicou a Folha de São Paulo, neste domingo (26).
A publicação diz que executivos e ex-executivos da empreiteira disseram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Vilela Filho cobrou 2,25% de propina referente a contrato da empreiteira nas obras do Canal do Sertão Alagoano. Com isso, o ex-governador, que também é presidente do PSDB em Alagoas, teria embolsado um montante de R$ 2,8 milhões durante o mandato.
Ainda de acordo com o que foi publicado na Folha de SP, o repasse supostamente realizado ao então governador teria sido pelo empenho dele a favor da Odebrecht na execução das obras, que, diga-se de passagem, tiveram um andamento significativo apenas durante a gestão do tucano, que comandou o estado por dois mandatos consecutivos, de 2007 a 2014.
A reportagem cita também que agentes públicos ligados à Secretaria de Estado da Infraestrutura na época do governo de Vilela também teriam recebido repasse de propina, e que uma nova fase da Operação Lava Jato também tem como alvo pessoas que estariam ligadas ao senador alagoano Renan Calheiros (PMDB), este que nega envolvimento.
A assessoria de comunicação de Teotonio Viela Filho informou para a Folha de São Paulo que o ex-governador desconhece as informações apuradas pela reportagem e reafirmou que nunca negociou favores ou autorizou quem quer que seja a negociá-los em seu nome.
Sobre a proclamação de "governador dos sertanejos", Vilela a tinha de aliados políticos na região que se referiam principalmente às suas ações para o andamento das obras do Canal do Sertão, mas, diante da situação relatada na reportagem da Folha, o tucano seria mesmo merecedor de tal consideração? Comente abaixo.
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