A referida Ascenção do vereador contraria os planos de Mandu, que com a “expulsão” do então aliado do grupo político, acabou criando o adversário que não queria. A oposição tem à disposição um nome viável para a concorrência, enquanto o gestor, que está terminando o segundo mandato, não conseguiu preparar nesse período um sucessor.

É sabível que em política é necessário fazer alianças, mas também não precisa ser com qualquer um. Nisso Wallyson está certo. E acerta também quando trata o momento com cautela. Ainda é muito cedo para iniciar uma pré-campanha majoritária, contudo a hora de criar as bases políticas é agora.

E foi pesando nisso que o vereador não perdeu tempo e na semana passada correu até o amigo deputado estadual Paulo Dantas (MDB) para declarar apoio a ele. Paulo deve ser governador tampão em uma possível renúncia de Renan Filho para disputar a uma vaga no Senado Federal.

Com Paulo no comando do governo, o vereador teria abertas portas fechadas por Mandu. Paulo, por outro lado, com certeza não vai abrir mão do apoio do prefeito Mandu, ainda mais porque assumindo ou não o governo agora o deputado pode ser o candidato de Renan Filho nas eleições desse ano. Nesse caso, Dantas vai ter que fazer o jogo de RF: tentar ficar bem com os dois.

Não obstante, caso tenha intenção de ser prefeito de Mata Grande, Wallysson está fazendo o que é correto. É preciso fazer alianças, de modo que ganhe musculatura para uma possível candidatura majoritária. E, é claro, é preciso conversar com os eleitores, como o vereador já vem fazendo, que foi, inclusive, o que incomodou o prefeito Mandu e seus pupilos.