Já se passaram 46 dias e até agora o que a comissão de delegados que investiga o assassinato do empresário Rodrigo Alapenha ofereceu à população foram promessas de que em breve o inquérito será concluído, o qual teve o prazo de conclusão prorrogado esta semana.
Como a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil é ruim de repassar informações para a imprensa, alguns delegados integrantes da referida comissão investigativa, que se propõem a atender jornalistas, se restringem à informação de que existem duas linhas de investigação e que não podem divulgar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.
O fato é que a população não somente de Delmiro Gouveia, onde Rodrigo Alapenha foi morto, mas de toda a região, espera por uma resposta sobre o crime. Quem matou o empresário e por qual motivo são as grandes perguntas que, até agora, estão sem respostas.
Mudança na comissão
O delegado Cícero Lima, gerente de Polícia Judiciária da Região 4 (GPJ-4), foi substituído na comissão que investiga o assassinato do empresário. Por meio de uma portaria, o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, determinou que o delegado Guilherme Iusten assume no lugar dele.
Vale lembrar que a referida comissão também tem como integrantes os delegados Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), sediada em Delmiro Gouveia, e Mário Jorge Barros, gerente da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).
O assassinato
Rodrigo Alapenha Cardoso Silvestre foi assassinado a tiros, no início da tarde do dia 11 do mês passado, por volta das 13h, quando chegava em casa, no Loteamento Rosa de Sharon, no bairro Novo, em Delmiro. Ele estava em uma caminhonete e, segundo a polícia, foi alvejado com cerca de trinta disparos de arma de fogo que teriam sido efetuados por ocupantes de um carro de passeio.
Segundo testemunhas, o empresário foi atingido dezenas de vezes e morreu na hora, a poucos metros da casa dele. “Estava trabalhando próximo do local, quando escutei os tiros. Parecia um martelo batendo em madeira repetidamente. Não imaginava que fosse disparo de arma de fogo, tanto que, quando cheguei no local, me surpreendi com a cena do assassinato”, disse, em entrevista à rádio Correio FM, uma servidora pública que preferiu não ter o nome divulgado.
A equipe de reportagem do Correio Notícia e da rádio Correio foi quem primeiro chegou ao local, cerca de dez minutos após o ocorrido. A informação foi confirmada ao vivo na rádio pelo repórter Edson Alves e ao mesmo tempo pelo site.
“Como se trata de um empresário bastante conhecido na cidade, tomei até um susto com a informação trazida a mim por uma testemunha do crime, que estava muito nervosa porque tinha acabado de acontecer”, relatou o jornalista Juliano Rodrigues, que estava de plantão na redação do Correio Notícia.
Ainda de acordo com o jornalista, a testemunha relatou que estava no loteamento, quando escutou o barulho de um carro em alta velocidade. “Ele disse que se assustou e correu, mas, até então, não sabia que se tratava de assassinato, e que somente descobriu o que aconteceu quando retornou ao local e se deparou com o empresário morto dentro do carro batido em árvores”, concluiu.
Guarnições do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e da Rádio Patrulha (R/P) do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), localizado na cidade, estiveram no local e realizaram buscas por suspeitos na região. Diversas cápsulas de pistola de calibre não divulgado foram encontradas próximo ao veículo.
No mesmo dia, o delegado Cícero Lima, da Gerência de Polícia Judiciária da Região 4 (GPJ-4), esteve na cidade e comandou os primeiros levantamentos. Na ocasião, ele revelou para a imprensa que duas linhas de investigação foram levantadas, mas que não as podia divulgar para não atrapalhar as investigações.
Rodrigo Alapenha era casado com a também empresária Emilene Ferreira (Mila), filha de Lula Cabeleira. Natural de Garanhuns, em Pernambuco, ele residia há anos em Delmiro Gouveia, onde era proprietário das empresas Mult Pneus (Delmiro) e RDC Locações e Terraplanagem, com atividade em Alagoas e Pernambuco.
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