A primeira polêmica relacionada a Wilma aconteceu uma semana após ela ter tomado posse como secretária. É que foi descoberto que a então nova secretária recebeu pagamentos como beneficiária do Bolsa Família, mesmo quando o marido, o vice-prefeito Maciel Coito (PV), era vereador pelo município.

Na ocasião, Wilma esclareceu que pediu o cancelamento do benefício em seu nome, assim que o marido ganhou a eleição, mas que, por alguma razão, ele continuou sendo pago. Ela explicou que insistiu no pedido de cancelamento até que conseguiu e realizou a devolução dos valores recebidos indevidamente.

Até que fosse explicada, a situação rendeu um desgaste ao prefeito e ao próprio marido, como vice-prefeito, logo no início da gestão. Agora, com a exoneração, Wilma utilizou uma rádio para tentar se passar de vítima do prefeito, alegando que ele sequer avisou-lhe da decisão.

Zé Carlos, por sua vez, também utilizou a mídia para lembrar que é prerrogativa dele como chefe do Poder Executivo Municipal a exoneração ou nomeação para cargos de confiança ou comissão.

Invocando o artigo 43, inciso VII, da Lei Orgânica Municipal, o prefeito deixou claro que quem tem o poder de nomear ou exonerar é apenas ele. Há quem diga que o gestor tenha mandado um recado para Maciel Coito porque o vice-prefeito estaria querendo mandar de mais dentro da prefeitura.

Apesar do recado dado, Zé Carlos foi eufêmico ao esclarecer que a exoneração da esposa de seu vice aconteceu em decorrência de “mudanças na metodologia de trabalho” na Secretaria Municipal de Assistência Social. O prefeito até agradeceu à ex-secretária “por todo trabalho, empenho, colaboração e serviços prestados” durante o tempo que esteve secretária.

Todo esse eufemismo mostra uma tática inteligente por parte do chefe do Poder Executivo Municipal. Convenhamos, se, como aliada, a vice-primeira-dama causou-lhe “dor de cabeça”, imagina como rival. É melhor ser cauteloso para evitar uma crise política em um momento em que união é necessária.

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