Quem esperava que a suplente de vereadora Edna do Tatuakara (PHS) assumisse no lugar de Henriqueta Cardeal (DEM) ficou frustrado. É que a titular da vaga não pediu licença do cargo por um período de 120 dias, conforme pretendia.
Semana passada Henriqueta protocolou na Câmara Municipal um pedido de licença de apenas 15 dias, com o objetivo de cuidar da saúde. Dessa forma, conforme o Regimento Interno do Legislativo, não é necessário convocação da suplente.
Isso é, a cada 15 dias a vereadora retorna às funções na Câmara e, com isso, não deixa de servir ao propósito de ajudar o prefeito Padre Eraldo a fugir de uma possível cassação diante dos três processos que restam contra ele no Poder Legislativo Municipal.
Cardeal foi importante na sessão ordinária da última quinta-feira (8), quando ela e mais cinco vereadores da base governista votaram contra o relatório que pedia a cassação do mandato do prefeito por supostas irregularidades na contratação emergencial de uma empresa para gerenciamento de contratos.
Os seis vereadores fiéis ao prefeito votaram a favor dele, e os cinco da oposição votaram contra. Mesmo que Edna do Tatuakara tivesse assumido e votado a favor da cassação, ainda assim, visto que o presidente da Casa não precisaria votar, o placar seria de 6 a 4 e Padre Eraldo se sairia vitorioso porque são necessários oito votos para cassá-lo.
Portanto, a posse da suplente não ofereceria risco ao prefeito. Pelo jeito, a preocupação em manter Henriqueta no cargo é mais uma questão particular de grande parte da vereança e do prefeito e companhia. Se tudo permanecer assim, os 684 eleitores de Edna do Tatuakara já podem perder a esperança de tê-la na Câmara Municipal.
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