Na fala proferida durante um encontro com comunicadores de Delmiro Gouveia, nesta segunda-feira (27), em Maceió, o governador Renan Filho não garantiu a reabertura da Fábrica da Pedra porque não depende exclusivamente dele, mas se colocou à disposição de grupos empresariais interessados em reabrir a indústria têxtil.
Renan Filho explicou que fez de tudo para ajudar a fábrica centenária voltar a funcionar, garantindo o emprego direto de 600 pessoas, mas que, por tratar-se de um empreendimento privado, a decisão final era do grupo Carlos Lyra, controlador desde 1992 da indústria fundada por Delmiro Augusto da Cruz Gouveia.
Conforme o chefe do Poder Executivo Estadual, o governo dispõe de mecanismos efetivos que ajudam a fábrica a voltar a funcionar, mas que é necessário que um grupo empresarial demonstre interesse. Ele revelou que conversou com alguns interessados, mas que a conversa não avançou.
Ainda cheio de esperanças, Renan Filho lembrou que a indústria têxtil já fechou outras vezes e reabriu quando mais ninguém acreditava, por isso não descarta a possibilidade da fábrica voltar a produzir em Delmiro Gouveia.
Diante do exposto pelo governador, com a ajuda ofertada pelo Estado e até pelo Município, a fábrica deveria estar funcionando, mas é preciso que o grupo Carlos Lyra queira a mesma coisa ou repasse o empreendimento para quem tem interesse.
Não é momento para alimentar esperanças, mas é preciso compreender que a Fábrica da Pedra foi sepultada precocemente em sua própria história. Mais de 100 anos de história foram resumidos a um ano “difícil” para o grupo dos herdeiros de Carlos Lyra.
Claramente o grupo não tem mais interesse na fábrica, único empreendimento do ramo no grupo segmentado no setor sucroalcooleiro. Isso é tão evidente que quase todos os maquinários da indústria foram vendidos.
Pelo jeito irão fazer um varejão de tudo, com o objetivo de resgatarem pelo menos parte dos R$ 100 milhões investidos na fábrica, quando o grupo empresarial assumiu o controle acionário dela.
O fato é que não depende exclusivamente da classe política a reabertura da fábrica, até porque, se fosse assim, em um momento de campanha eleitoral, qual político não queria ser o responsável pela reabertura dela? Comente abaixo.
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