A avaliação negativa sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a 36%, superando os 29% que consideram o desempenho positivo, segundo dados da pesquisa Datafolha divulgados ontem. Os novos números representam uma piora na percepção da população em relação a março, quando o percentual dos que consideravam a atuação da Corte ruim ou péssimo (28%) era mais próximo dos que classificavam como bom ou ótimo (29%), índice que se manteve o mesmo nas duas rodadas.
A percepção apresenta uma leve melhora, no entanto, ao serem considerados apenas eleitores petistas, grupo em que a maioria (56%) vê o Supremo positivamente. A tendência se inverte, por sua vez, entre bolsonaristas, segmento em que 81% dos entrevistados avaliaram negativamente a conduta da Corte.
No próximo mês, ministros integrantes da Primeira Turma julgam a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por participação na trama golpista, processo que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes. O magistrado determinou na segunda-feira a prisão domiciliar de Bolsonaro, por descumprimento de medidas cautelares, mesmo após ter sido sancionado na semana passada pelo governo dos Estados Unidos, por influência da articulação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Avaliação sobre o que move o Judiciário
Perguntados sobre o trabalho da Justiça como um todo, 71% afirmam que os mais ricos são melhores tratados que os mais pobres. O levantamento também constatou que 68% dos entrevistados disseram que o Judiciário pensa mais nos próprios interesses, contra 27% que dizem ver as demandas da população priorizadas. O levantamento também constatou que 68% dos entrevistados disseram que o Judiciário pensa mais nos próprios interesses, contra 27% que dizem ver as demandas da população priorizadas.
Uma avaliação parecida foi feita pelos eleitores sobre o Legislativo. Para 78%, os parlamentares eleitos atuam mais a favor dos próprios interesses, enquanto apenas 18% pensam de forma contrária. A pesquisa também que a reprovação dos deputados federais e senadores voltou a subir, com 35% dos entrevistados avaliando o desempenho deles como ruim ou péssimo.
O instituto de pesquisa realizou 2.004 entrevistas em 130 municípios brasileiros, entre os dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Utilize o formulário abaixo para comentar.