O governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato a presidente, Eduardo Leite (PSDB), sinalizou, em seu perfil no Twitter, nesta terça-feira (20), ser contra a ideia de que o PSDB possa vir a abrir mão de ter um candidato à Presidência da República em 2022.
Na segunda- feira (19), em entrevista ao jornal O Globo, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que o partido pode abrir mão de uma candidatura em nome da unidade de um candidato de centro.
Eduardo Leite disse que o partido realizará as prévias não só para ter um candidato a presidente, mas “para ter o melhor candidato” numa alternativa contra o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além do governador do Rio Grande do Sul, devem entrar na disputa interna do partido: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB); e o senador Tasso Jereissate (PSDB-CE).
“O PSDB não faz prévias para não ter candidato; faz para ter o melhor candidato. Não faz prévias para ser o dono da verdade, mas para construir coletivamente, desde o partido, uma alternativa a Lula e Bolsonaro. E assim será depois das prévias também com os demais partidos”, disse.
Leite ainda defendeu que uma “candidatura à presidência deve ser projeto para o país, não para atender vaidades”.
“O PSDB em 2022 fará o que é melhor para o Brasil, e não o que é melhor para o partido. Candidatura à presidência deve ser projeto para o país, não para atender vaidades. Mas não tenho dúvida de que o PSDB oferecerá candidatura forte eleitoralmente, construída a partir das prévias”, disse.
Na última sexta-feira (16), o presidente do PSDB em São Paulo, Marco Vinholi, rebateu a declaração do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) sobre a possibilidade de a sigla abrir mão de candidato à Presidência da República nas eleições de 2022.
No dia anterior (15.jul), em entrevista à CNN, Aécio defendeu que o partido precisa ter “desprendimento” para apoiar uma eventual candidatura viável de outra legenda à Presidência, para reforçar um nome da chamada 3ª via.
“Com a alta rejeição e a incapacidade de governar de Bolsonaro, a candidatura tucana se faz fundamental para que o país não siga nesse rumo ou que retroceda no desastre petista. Manifestação contrária a candidatura própria nesse momento só alimenta o interesse bolsonarista”, defendeu Vinholi no Twitter.
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