O projeto de lei que integra a educação bilíngue de surdos no ensino brasileiro foi sancionado nesta terça-feira (3), pelo presidente Jair Bolsonaro. Na prática, a medida determina a educação bilíngue como modalidade de ensino independente, estabelecendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como a primeira língua e o português escrito a segunda. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, comemorou o que classificou como “uma vitória”. “Demoramos como sociedade para entender e respeitar que muitas pessoas surdas fazem uso de uma língua diferenciada, uma língua de sinais. Nós temos o dever de oferecer aos nossos cidadãos surdos a opção entre ser escolarizados em escolas comuns inclusivas e escolas bilíngues, onde a língua brasileira de sinais, a Libras, seja a língua de interação e ensino”, afirmou.
A nova modalidade vai atender as especificidades de todos os estudantes e deve ser iniciada na educação infantil até o final da vida escolar. “Sonho, luto e trabalho por um Brasil sem barreiras de comunicação, onde todos tenham seus valores e os seus direitos respeitados”, completou Michelle. Atualmente, existem 64 escolas bilíngues de surdos no Brasil com pouco mais de 63 mil estudantes sendo atendidos.
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