Mais um município de Alagoas passa a contar com loteria própria. Desta vez, foi Inhapi, no Sertão, que instituiu o serviço por meio de lei sancionada pelo prefeito Tenorinho Malta (PP), publicada no Diário Oficial dos Municípios nesta segunda-feira, 1º de agosto.
De acordo com o texto, o Município de Inhapi será responsável pela regulamentação, controle e fiscalização da Loteria Municipal, podendo delegar, por meio de concessão, a operação do serviço lotérico a empresas especializadas, desde que respeitadas as diretrizes da legislação federal.
A lei prevê que a concessão seja realizada por licitação, na modalidade concorrência, com prazo inicial de 25 anos, podendo ser renovada por igual período conforme o interesse público.
Destinação dos recursos
Os valores arrecadados com a loteria municipal serão aplicados de forma prioritária em Assistência Social e Segurança Pública, duas áreas consideradas estratégicas pela gestão. O Poder Executivo deverá regulamentar a lei em até 90 dias.
Inhapi se junta a Piaçabuçu e Olho D'água do Casado, que também criaram suas próprias loterias, seguindo uma tendência nacional de municipalização dos serviços lotéricos.
Questionamento no STF
Apesar da expansão dessa prática, a constitucionalidade das leis municipais que criam loterias próprias está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da ADPF nº 1212 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental). A ação questiona se municípios têm competência para legislar sobre o tema.
Enquanto não há definição da Suprema Corte, os municípios seguem avançando na regulamentação e implantação de suas loterias como forma de incrementar a arrecadação e destinar recursos a áreas prioritárias.
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