Com isso as baronesas que estão se proliferando nos lagos construidos pela CHESF, fica mais evidente o problema na localidade da Prainha, vão todas para a área do Monumento Natural do rio São Francisco - MONA, que possui os Cânions do Rio São Francisco. Além de ser uma Unidade de Conservação - UC de proteção integral que o Instituto Chico Mendes de conservação e Biodiversidade - ICMBio, é o responsável pela administração, conforme decreto presidencial de 05 de junho de 2009.
O impacto da abertura dos vertedouro vai afetar diretamente o Monumento, e pode criar diversos outros problemas na Unidade de Conservação, que naturalmente não está sendo afetada com a proliferação das macrófitas ou baronesas, no entanto, o MONA tem atividades que são desenvolvidas por comunidades locais, povos tradicionais e outras atividades já existentes antes da criação da UC.
Vendo isso, o Chefe da Unidade de Conservação, Emerson Leandro, pediu esclarecimentos à Prefeitura de Paulo Afonso e a CHESF, cobrando informações e perguntando se para a abertura do vertedouro há estudos técnicos que aponte quais impactos o Lago Xingó terá, e se tem uma autorização ou parecer técnico de algum órgão competente, que neste caso é o IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais. O Chefe da Unidade de Conservação, foi enfático ao afirmar que “Uma decisão destas, o ICMBio, tem que ser avisado com antecedência, para avaliar a possibilidade e quais as medidas deverão ser tomadas, além disso, não pode ser executada sem antes ter um estudo técnico e uma autorização do órgão competente”.
Nisso a prefeitura de Paulo Afonso, responde ao ICMBio, informando que as macrófitas tem causado um impacto muito grande no Município, e que tem buscado apoio de órgãos estaduais e federais para um apoio mais efetivo a essa situação. A prefeitura afirma ainda que pretende articular todos os municípios que compõem o lago Moxotó, além de representações estaduais e federais, para juntos tratarem desse tema.
A questão com as baronesas é um problema que está acontecendo com mais intensidade desde 2018. Os municípios que compõem o Lago Moxotó estão tendo muitos problemas econômicos, principalmente, a cidade de Paulo Afonso. Para resolver isso, várias reuniões foram feitas para discutir esse tema, mas mesmo assim ainda está distante de uma resolução desse problema.
O foco da ação do ICMBio é evitar que um problema que está no Lago Moxotó, seja empurrado para o Lago Xingó, onde está o Monumento Natural do Rio São Francisco, sem antes ter uma avaliação dos impactos causados das Baronesas. O MONA, onde está o ICMBio, por meio de seu gestor, afirma ter ciência que Paulo Afonso é o município mais impactado com a questão das Baronesas, dessa forma, para a resolução desse problema tem que ser um trabalho em conjunto com sociedade, entidades de níveis municipais, estaduais e federais.
Materia feita em parceria com o ICMBio Paulo Afonso.
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