A Associação dos Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga (APCCSBC), sob a presidência de Haroldo Almeida, emerge como referência nacional na construção de soluções inovadoras para a valorização dos serviços ecossistêmicos prestados pelo semiárido brasileiro. Desde o início de sua atuação, em 2020, a APCCSBC tem se dedicado ao desenvolvimento e à implementação do método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético”, uma abordagem técnica pioneira que permite mensurar e certificar de forma transparente os processos de sequestro de carbono em áreas de vegetação nativa da Caatinga.
Este método, fruto de intensos debates entre pequenos produtores rurais, agricultores familiares e comunidades tradicionais, foi concebido para atender especificamente às realidades de propriedades com áreas entre 1 e 1.000 hectares, até então consideradas inviáveis para o mercado de carbono convencional. Ao simplificar protocolos, reduzir custos de monitoramento e incorporar indicadores socioambientais e hídricos, a APCCSBC assegura que os benefícios econômicos da conservação cheguem diretamente aos gestores locais do bioma.
Reconhecendo a magnitude desse esforço, a Associação lançou recentemente seu portal institucional (https://sites.google.com/view/apccsbc), ampliando o acesso a documentos técnicos, relatórios de campo e diretrizes metodológicas. Além disso, ao resgatar a memória ecológica da Caatinga — que, entre 2005 e 2025, sequestrou mais de 2 bilhões de toneladas de CO?, correspondentes a um potencial econômico superior a R$ 1 trilhão em créditos —, a APCCSBC pretende corrigir uma injustiça histórica: a prestação gratuita de um serviço ambiental de valor incalculável por aqueles que, há gerações, preservam o bioma.
Nesta introdução, estabelecemos o contexto, os objetivos e a relevância estratégica do Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético. Nas seções seguintes, apresentaremos a cronologia de marcos institucionais, as conquistas técnicas e as perspectivas de aplicação prática que consolidam a Caatinga como protagonista no mercado de carbono social e na promoção da justiça climática.
CRONOLOGIA DE CONQUISTAS E MARCOS RELEVANTES
A seguir, um detalhamento cronológico dos principais avanços da APCCSBC na construção e na consolidação do método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético”:
2020–2021 | Debates Iniciais e Concepção do Método
Mobilização de atores locais: Realização de oficinas e grupos de trabalho com pequenos produtores (1–1000 ha), agricultores familiares e representantes de comunidades tradicionais, para levantamento de expectativas, restrições técnicas e definições de indicadores socioambientais e hídricos.
2022 | Fundação da APCCSBC e Parcerias Estratégicas
Constituição oficial: Registro da Associação dos Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga, com estatuto social e regimento interno, sob a presidência de Haroldo Almeida.
Alinhamento regional: Integração de lideranças de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco, garantindo representação geográfica e cultural.
Parcerias institucionais:
Centro Brasil no Clima: cooperação por meio do Consultor Senior Sérgio Xavier (ex-secretário de Meio Ambiente de PE): assessor político e articulador junto a órgãos ambientais estaduais.
20 de julho de 2022 | Primeira Exposição Nacional na Mídia
Entrevista no Canal Rural: Participação no programa “Planeta Campo”, em rede nacional, apresentando ao público agrícola e empresarial a proposta de crédito de carbono social da Caatinga.
Impacto na percepção pública: Aumentou muito a visibilidade da associação e despertou o interesse de cooperativas e empresas de agronegócio do Nordeste.
20 de janeiro de 2023 | Destaque em Documentário da TV Justiça
Reconhecimento como caso de referência: O documentário abordou o Mercado de Carbono e a APCCSBC como exemplo de sucesso na incorporação de critérios sociais e ambientais no mercado de carbono.
Pressão por políticas públicas: A exibição gerou debates públicos sobre a necessidade de regulamentação específica para créditos de carbono social.
5 de setembro de 2023 | 1º Encontro Nacional Sobre Pegada de Carbono na Aquicultura
Apresentação da ideia do Carbono Integral: Detalhamento do “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético” para representantes do Encontro
19 de setembro de 2023 | Formalização de Missão, Visão e Valores
Reunião em Gararu (SE): Assembleia ordinária com quorum acima de 80% dos associados, resultando na aprovação de documentos institucionais que definem, Missão, Visão e Valores.
10 de abril de 2024 | Apresentação em Câmaras Consultivas do Submédio e Baixo São Francisco
Exposição técnica: Detalhamento do “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético” para representantes do Comitê de Bacia.
Aprovação de moção: As Câmaras Consolidadas manifestaram apoio formal à implementação do método, abrindo caminho para pilotos em áreas de várzea e reserva legal.
26 de abril de 2024 | Primeiro Termo de Cooperação Técnica com Arapiraca-AL
Assinatura protocolar: Documento estabelece compromissos mútuos para implantação de projetos-piloto em áreas do município.
Ações previstas: Levantamento participativo de vocação de áreas degradadas, oficinas de capacitação técnica e início de monitoramento satelital.
27–29 de maio de 2024 | 1º Encontro Regional de Comitês de Bacia e 2º Simpósio Paraibano de Recursos Hídricos
Apresentação no espaço técnico: Sessões técnicas dedicadas a apresentação técnicas e o método, incluindo estudos de caso práticos.
13 de julho de 2024 | Neutralização de Emissões do “Território Sustentável”
Projeto aplicado: Cálculo real de emissões do evento e aquisição de créditos gerados por projetos de restauração de caatinga em Delmiro Gouveia.
Relatório de resultados: Publicação de documento público detalhando métodos, custos e impactos socioambientais da descarbonização.
19 de setembro de 2024 | Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido
Apresentação: Debate sobre justiça climática e a importância de modelos inclusivos de crédito de carbono para regiões de seca crônica.
Parcerias transnacionais: Início de articulação com instituições de pesquisa de Portugal e Espanha para intercâmbio tecnológico e metodológico.
1–4 de outubro de 2024 | FIUCCH - Fórum Internacional da UNEB (Brasil) e da Casa Comum da Humanidade (Portugal)
Divulgação em fórum global: Apresentação em painel sobre métodos de pagamentos por serviços ecossistêmicos.
Convite para colaborações: Convite formal para integrar rede de pesquisa internacional sobre mercados de carbono de base comunitária.
18 e 22 de novembro de 2024 | X Encontro Nacional da Articulação do Semiárido Brasileiro (X EnconASA) – Compensação de Emissões
Operacionalização prática: Expansão do modelo para eventos nacionais, validando protocolos de medição e compra de créditos.
13 de dezembro de 2024 | Conferência Livre do Meio Ambiente para Caatinga
Organização completa: Planejamento, moderação e facilitação de debates sobre políticas de carbono na Caatinga.
Atas e resoluções: Documento final com recomendações para governos estadual e federal.
14 e 15 de março de 2025 | V Conferência Estadual de Meio Ambiente de Alagoas
Participação na Comissão Organizadora Estadual: Apoio na organização da conferência em nível do estado de alagoas, com planejamento e até mesmo a compensação ambiental da conferência
6 a 9 de maio de 2025 | V Conferência Nacional de Meio Ambiente
Participação na conferência: Organização de uma atividade autogestionada a nível nacional dentro da Conferência nacional e levando o tema Crédito de Carbono Integral
27 e 28 de maio de 2025 | Conferência Alagoana de Economia Solidária
Participação na conferência: Levando o nome da APCCSBC
9 de junho de 2025 | Alagoas Summit
Participação em uma Mesa no evento: Levando o nome da APCCSBC e da sustentabilidade para o evento.
Cada um desses marcos reforça o compromisso da APCCSBC com a inovação técnica, a inclusão social e a promoção da justiça climática, pavimentando o caminho para a consolidação de um modelo brasileiro de crédito de carbono que valorize efetivamente os guardiões e a biodiversidade da Caatinga.
MOÇÕES DE APOIO
Ao longo de sua trajetória, a APCCSBC obteve apoio formal de instâncias deliberativas e consultivas em diversas conferências, encontros e câmaras, fortalecendo a legitimação política do método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético”. Cada moção reflete o reconhecimento institucional da importância de incorporar critérios socioambientais e hídricos na valoração do serviço ecossistêmico de sequestro de carbono pela Caatinga.
1. ENCOB – 25º Encontro Nacional de Comitês de Bacia
Período: 21 a 25 de agosto de 2023
Moção nº 10: “Criação de linha de regulamentação para o Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético, voltada à regeneração socioambiental e promoção da justiça climática.”
Impacto: Estabeleceu a primeira diretriz nacional para o Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético que associa resposta à crise climática à inclusão social de pequenos produtores e povos tradicionais do semiárido.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1_BCcqes17ihxSObmLsxBYx2mgnklJasl/view?usp=drive_link
2. Câmaras Consultivas Regionais do Submédio e Baixo São Francisco
Data: 10 de abril de 2024
Aspecto: Moção de apoio à implementação do método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético”.
Significado: Primeira aprovação unânime em uma instância de comitê de bacias, autoriza abertura de projetos-piloto em áreas de várzea e reserva legal no Submédio São Francisco.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1julG7I-UxRHmbBJQzpqfFcXDj_dNd29q/view?usp=drive_link
3. Conferência Livre de Meio Ambiente para Caatinga
Data: 13 de dezembro de 2024
Moção de Apoio: Reconhecimento do “Projeto de Crédito de Carbono Integral no Bioma Caatinga” como referência de política pública participativa.
Desdobramento: Contribuiu para inclusão de diretrizes locais de conservação em políticas ambientais estaduais no Nordeste.
Segue o Link:
https://drive.google.com/file/d/1QFPi29TrCDMlxeesRcAG0NX8E4W3o4s3/view?usp=drive_link
4. V Conferência Estadual de Meio Ambiente de Alagoas
Datas: 14 e 15 de março de 2025
Moção de Reconhecimento: Apoio ao “Projeto de Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético do Bioma Caatinga”.
Resultado: Integrou o método nos documentos oficiais de planejamento ambiental de Alagoas, definindo metas de compensação de emissões até 2030.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1-4PN9qcEyOdntsKsYaclPlBx7kXXMe16/view?usp=drive_link
5. V Conferência Nacional de Meio Ambiente
Período: 6 a 9 de maio de 2025
Moção de Apoio: Desenvolvimento do método brasileiro de identificação de processos de absorção de carbono em vegetação nativa.
Relevância: Primeiro endosso em conferência federal, elevando o modelo ao patamar de diretriz técnica recomendada para elaboração de políticas climáticas nacionais.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/15OjPbIL12oL0JrO5lb3C6UVPkQRohOqZ/view?usp=drive_link
6. Conferência Alagoana de Economia Solidária
Datas: 27 e 28 de maio de 2025
Moção de Apoio: Apoio ao desenvolvimento do “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético”.
Contribuição: Alinhou o modelo de crédito de carbono integral às práticas de economia solidária, reforçando a interface entre justiça climática e desenvolvimento local.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1NAxBorNOL2z3GMisz4G7hXIRqBDKQhz3/view?usp=drive_link
Cada uma dessas moções consolida a APCCSBC como agente de articulação entre comunidade, academia e poder público, validando técnica e politicamente o método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético” e abrindo caminho para sua adoção em escala estadual e nacional.
Em 31 de maio de 2025, a APCCSBC por meio do seu presidente Haroldo Oséias de Almeida assinou a Portaria nº 01/2025 que cria formalmente o Conselho Técnico da Associação dos Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga. Com o intuito de consolidar práticas de governança científica, o novo órgão atuará como centro de excelência para validar, revisar e aprimorar continuamente o método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético”, garantindo a credibilidade e a transparência necessárias à certificação de projetos de sequestro de carbono na vegetação nativa.
O Conselho Técnico, vinculado à Diretoria Técnica da APCCSBC, terá atribuições que vão desde a emissão de pareceres sobre protocolos de inventário florestal e monitoramento de remoções de carbono até a proposição de boas práticas de amostragem, balanço de carbono e modelagem de curvas de crescimento. Também caberá ao grupo revisar artigos científicos e relatórios técnicos, bem como representar a Associação em fóruns e comitês externos, fortalecendo os laços com universidades, institutos de pesquisa e órgãos reguladores.
À frente do novo colegiado, foi nomeado Dr. Fernando Pinto Coelho como coordenador técnico. Compõem o corpo titular dez especialistas: Dr. Aldo Torres Sales; Dra. Eliane Maria de Souza Nogueira; Dra. Elica Amara Cecília Guedes-Coelho; Dra. Fabiana Rita do Couto Santos Pereira; Dr. Stoécio Malta Ferreira Maia; Dr. Thiago Roberto Soares Vieira; Fellipe Eduardo Soares Souza Barbosa; Nilson Lopes Alves; Gilberto Pitágoras Barbosa Cordeiro Folha; e José Silva dos Reis. O presidente Haroldo Almeida assume ainda a função de secretário-executivo, garantindo a articulação direta entre o Conselho e as demais instâncias da Associação.
Estabelecido para mandato de dois anos, o Conselho se reunirá, ordinariamente, a cada dois meses, em sessões coordenadas pela Diretoria Técnica. As reuniões poderão ser extraordinárias sempre que houver demanda de projetos urgentes ou solicitações de um terço dos membros. Todas as decisões serão registradas em atas, assegurando o acesso dos associados aos documentos e o acompanhamento periódico dos resultados.
Com essa iniciativa, a APCCSBC dá um passo decisivo para profissionalizar sua base técnica, elevando o “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético” ao padrão de excelência científica exigido por mercados nacionais e internacionais, e oferecendo aos pequenos produtores e comunidades tradicionais a segurança metodológica necessária para transformar conservação em fonte de renda e justiça climática.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1qbsneW4ftdHW-_E5-KpKj9SpVxIlm1hk/view
A força política e social do Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético ganha corpo também por meio de reconhecimentos formais de instituições públicas e da sociedade civil. Desde 2022, a APCCSBC vem recebendo declarações de apoio que reforçam a legitimidade do método e ampliam sua capilaridade territorial:
Prefeitura de Delmiro Gouveia (AL)
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos emitiu carta-ofício declarando apoio às iniciativas de compensação de emissões e ao desenvolvimento das metodologias de monitoramento participativo.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1yh0Q7PFblrsaGZnuSSXayMXLxWwGEicR/view?usp=drive_link
Instituto Palmas
O Instituto Palmas, referência em fortalecimento comunitário no semiárido, integrou o projeto sua rede de mobilizadores e facilitadores locais para atuar como multiplicadores do método “Crédito de Carbono Integral”, garantindo a inclusão de comunidades quilombolas e indígenas no processo de certificação.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1fj2sg5un5hu4U_dTcPHYZL5DO9LPwTSe/view?usp=sharing
Colegiado Territorial do Alto Sertão de Alagoas
Em resolução unânime, o colegiado recomendou a adoção das diretrizes da APCCSBC nos planos de desenvolvimento territorial, enfatizando a integração entre manejo de recursos hídricos e sequestro de carbono, e dedicando uma seção específica em seus Planos para incentivar estudos de campo.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/1M_9GsVqCkPR056Srx1-C02polT5DSOkS/view?usp=sharing
Cada uma dessas declarações reforça não apenas a viabilidade técnica do modelo, mas também sua robustez institucional, estabelecendo um ambiente favorável para escalonar o Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético em benefício dos guardiões da Caatinga e da equidade climática no semiárido brasileiro.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA APCCSBC
Para sustentar a ambição de levar o “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético” da teoria à prática em todo o semiárido, a APCCSBC adotou uma governança clara, participativa e representativa. Em sua segunda gestão, a diretoria eleita combina experiência técnica e mobilização social:
Presidente: Haroldo Oséias de Almeida, responsável pela coordenação geral das atividades, articulação institucional e interlocução junto a parceiros governamentais e multilaterais.
Vice-presidente: Valdilene de Santana, que apoia a Presidência em estratégias de expansão regional e supervisão de projetos-piloto.
Secretária: Sandreane Almeida, encarregada de organizar assembleias, gerenciar a comunicação interna e manter atualizados estatutos e atas.
Diretora Financeira: Érika Maciel, responsável pelo orçamento, prestação de contas e articulação de recursos, garantindo a transparência nos fluxos de receita — especialmente oriundos de parcerias e editais de fomento.
Diretor de Marketing e Comunicação: Fellipe Eduardo Soares Souza Barbosa, que coordena a promoção pública da associação, gerencia as redes sociais e supervisa campanhas de conscientização sobre carbono e regeneração.
Diretor de Articulação Internacional: Edrlon Romero, encarregado de estabelecer vínculos com organizações, fóruns e financiadores no exterior, ampliando o alcance do método para além das fronteiras brasileiras.
Diretor Técnico: Fernando Pinto Coelho, que lidera a implantação técnica do método e preside o Conselho Técnico recém-instituído.
Além da diretoria, um Conselho Fiscal — composto pelos titulares Pedro Soares, Reginaldo Silva e Roberta Jansen, e pelos suplentes Chiara Donádio, André Denis e Tito Reis — zela pela conformidade dos processos contábeis e pela correta aplicação dos recursos.
Essa arquitetura organizacional, que combina direção executiva, corpo técnico-científico e fiscalização rigorosa, assegura à APCCSBC a robustez necessária para transformar a Caatinga em referência mundial de conservação climática com justiça social.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
A solidez técnica do método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético” se apoia em uma robusta linha de produção científica, que articula pesquisa acadêmica, relatórios de campo e desenvolvimento de diretrizes para replicação do protocolo em diferentes regiões da Caatinga. Entre as principais frentes de investigação e documentação, destacam-se:
Artigos Científicos
CRIAÇÃO DA METODOLOGIA PAGAMENTOS POR SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS NO ÂMBITO DE CRÉDITO DE CARBONO INTEGRAL: BIO-SÓCIO-HIDRO-ENERGÉTICO DA CAATINGA E DO RIO SÃO FRANCISCO
Apresentação: 27 a 29 de maio de 2024, no 2º Simpósio Paraibano de Recursos Hídricos – Encontro Regional de Comitês de Bacia (Nordeste).
Autores: Haroldo Almeida; Fabiana Couto; Aldo Torres Salles; Sérgio Luiz de Carvalho Xavier; Nilson Lopes Alves; Filipe Eduardo Souza Barbosa.
Conteúdo: Descrição detalhada dos protocolos de inventário florestal, amostragem de biomassa aérea e subterrânea, uso de imagens de satélite e diretrizes para cálculo de balanço de carbono. Resultados preliminares evidenciam concordância entre dados de campo e modelos de estimativa, validando a viabilidade técnica em propriedades de pequeno porte.
Segue o link:
CRÉDITO DE CARBONO INTEGRAL: BIO-SÓCIO-HIDRO-ENERGÉTICO DA CAATINGA E DO RIO SÃO FRANCISCO NO SEMIÁRIDO NORDESTINO - UMA METODOLOGIA PARA IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO ÂMBITO DE PAGAMENTOS POR SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS (PSE)
Status: Em processo de publicação nos anais do FIUCCH (Fórum Internacional da UNEB com a Casa Comum da Humanidade), outubro de 2024.
Autores: Haroldo Almeida; Fernando Pinto Coelho; Aldo Torres Salles; Sérgio Luiz de Carvalho Xavier; Fabiana Couto; Sandreane Tenório.
Abordagem: Metodologia para identificação de aspectos climáticos no contexto do semiárido, integrando variáveis hidrológicas e socioeconômicas em modelos de pagamentos por serviços ecossistêmicos.
Segue o link:
https://drive.google.com/file/d/17YBKf632bUSjrcSBinyZIDmGAHHa5qEH/view?usp=drive_link
Relatórios Técnicos e White Paper
Em elaboração, o White Paper da Associação reunirá todos os protocolos, estudos de caso e recomendações para certificação de projetos, servindo como documento-base para governos estaduais e agentes de mercado.
Plataformas de Divulgação
Portal Oficial: https://sites.google.com/view/apccsbc — Repositório aberto de artigos, relatórios, manuais e vídeos técnicos.
Instagram (@asscredcarb): Canal para difusão de infográficos, webinários e chamadas para capacitações, ampliando o alcance da pesquisa junto a produtores, técnicos e estudantes.
Essa estratégia de produção e disseminação científica garante que o Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético esteja constantemente atualizado com as melhores práticas internacionais, ao mesmo tempo em que valoriza o conhecimento tradicional e empírico das populações da Caatinga.
O percurso trilhado pela Associação dos Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga (APCCSBC) evidencia como pesquisa, governança participativa e articulação político-institucional podem convergir em soluções inovadoras para os desafios climáticos e socioambientais do semiárido brasileiro. A implementação do método “Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético” representa não apenas um avanço técnico — ao sistematizar protocolos de mensuração, monitoramento e certificação de sequestro de carbono em vegetação nativa — mas, sobretudo, um marco de justiça climática, ao permitir que pequenos produtores, comunidades tradicionais e agricultores familiares sejam remunerados pelos serviços ecossistêmicos que prestam.
A consolidação de marcos como a criação do Conselho Técnico, a aprovação de moções de apoio em conferências nacionais e regionais, e a assinatura de termos de cooperação com municípios como Arapiraca e Delmiro Gouveia atestam o amadurecimento institucional da APCCSBC e a robustez de seu arcabouço metodológico. A diversificação das parcerias — envolvendo universidades, institutos de pesquisa, organizações não governamentais e órgãos públicos — reforça o caráter multidimensional do projeto, que equilibra exigências científicas com demandas sociais e culturais.
Em termos de produção científica, a associação já contribuiu para o debate nacional por meio de artigos, relatórios técnicos e a elaboração de um futuro White Paper, instrumentos que facilitam a replicação do modelo em outras regiões do semiárido e em biomas com características semelhantes. Ao disponibilizar esses materiais em seu portal institucional e em redes sociais, a APCCSBC garante transparência e promove o aprendizado colaborativo, estimulando a capacitação de técnicos locais e a formação de novos multiplicadores.
O desafio agora é ampliar a escala de aplicação do método e consolidar sua regulamentação em esferas estadual e federal, de modo a inserir o Crédito de Carbono Integral: Bio-Sócio-Hidro-Energético em políticas públicas de mitigação climática. Com a emissão dos primeiros títulos de crédito e a abertura de linhas de financiamento alinhadas a indicadores socioambientais, os próximos passos deverão ocorrer em estreita cooperação com agências de fomento, multilaterais e investidores de impacto, garantindo que a Caatinga assuma o protagonismo que lhe é devido no contexto global de conservação baseada na natureza.
Por fim, a trajetória da APCCSBC mostra que a integração entre ciência de ponta, saberes tradicionais e governança inclusiva é a chave para transformar a riqueza natural da Caatinga em oportunidades de desenvolvimento sustentável. Ao remunerar aqueles que cuidam da vegetação nativa, a associação não apenas protege um bioma singular, mas também fortalece a resiliência socioeconômica de territórios historicamente vulneráveis, pavimentando o caminho para um futuro de equidade climática e prosperidade compartilhada.
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