Segundo as investigações do caso, o acusado aproveitava o trajeto da criança à escola para cometê-los. Ele atraía a vítima com frutas, pedaços de bolo, laranjas e pequenas quantias em dinheiro, convencendo-a a entrar na casa dele. Lá, tocava as partes íntimas, especialmente na região genital, da vítima.  

O caso veio à tona após a professora notar mudanças no comportamento da aluna e comunicar a avó, responsável legal pela menor. Em depoimento na Sala Lilás do Centro Integrado de Segurança Pública de Delmiro Gouveia (Cisp), a criança detalhou os abusos e revelou que o acusado se autointitulava de "padrinho" dela e a ameaçava caso contasse a alguém.  

O pai da vítima confrontou o acusado, que admitiu os abusos e o ameaçou, alegando possuir uma arma deixada pelo pai. Diante do risco, o delegado Carlos José Gonçalves Melro solicitou mandado de busca e apreensão na residência do investigado, além da prisão preventiva.  

Durante a operação, nenhuma arma foi encontrada, mas o suspeito foi preso e encaminhado ao sistema prisional. Ele responderá por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal, com pena de 8 a 15 anos de prisão.  

A criança recebe acompanhamento do Conselho Tutelar de Canapi e será submetida a novo exame no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, após recusa anterior devido ao perito ser do sexo masculino.