A vereadora por Mata Grande Diana Brandão (PP) pediu afastamento do cargo, na semana passada, para assumir a Secretaria Municipal de Governo. A vaga deixada por ela no Poder Legislativo Municipal será ocupada pelo suplente Teomar Brandão (PP).
Diana tem direito aos subsídios tanto de vereadora, que são de R$ 2.820,00, como de secretária, que seria de R$ 2.500,00, mas, conforme a Lei Orgânica Municipal e o Regimento Interno da Câmara, ela tem que optar por apenas um deles.
A escolha de Diana Bandão foi pelo salário de vereadora, isso é, ela exercerá a função de secretária municipal, mas receberá da Câmara Municipal, onde não estará executando nenhuma atividade. É como se o Poder Legislativo estivesse arcando com um gasto de pessoal do Poder Executivo.
O pior é que a Casa Legislativa terá que pagar o salário dela e do suplente Teomar Brandão, ou seja, a Câmara, que é composta por 11 vereadores, terá que arcar com o pagamento de subsídio de 12 edis.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Rodolfo Izidoro (PMDB), adiantou para este blog que ainda irá avaliar as consequências que a situação causará nas finanças da Casa e informou que a posse do suplente ainda não foi realizada.
A secretaria que Diana Brandão assume era comandada pelo primo dela, o ex-prefeito Jacob Brandão (PP). A pasta teria sido criada especialmente para ele, inclusive com poderes plenos dentro da Administração.
Ainda não se sabe como a secretária, que é biomédica, vai conseguir gerir a pasta e cursar medicina em João Pessoa, na Paraíba. A situação já estava complicada para ela quando assumia o cargo de vereadora porque tinha que comparecer à cidade todas as sextas-feiras para as sessões ordinárias, marcadas paras às 19h. E se complicou ainda mais quando as reuniões da edilidade foram mudadas para os dias de quarta-feira.
Talvez a solução encontrada pela edil tenha sido falar com Jacob Brandão para ser secretária no lugar dele. Seria juntar o útil ao agradável, já que o ex-prefeito vem sendo alvo de diversas ações na Justiça que já estariam respingando na Administração de Erivaldo Mandú (PP). Por outro lado, em entrevista ao Correio Notícia, Jacob alegou ter pedido exoneração do cargo para se dedicar a projetos pessoais.
Se queria se livrar de um problema, talvez Mandú tenha se enganado, pois a vereança vai fiscalizar se a secretária de Governo terá condições de desempenhar a função no município e ao mesmo tempo estudar em outro estado.
Este blog tentou contato com a vereadora/secretária, mas o telefone dela foi atendido pela mãe, que informou que a filha estava viajando. Questionada se ela estava estudando, a senhora identificada apenas como Socorro respondeu que não.
Utilize o formulário abaixo para comentar.