Em Delmiro Gouveia, nos povoados Alto do Toro, Facão e Turco, foram encontradas seis ligações clandestinas à adutora que recebe água bruta do Canal do Sertão e conduz até a Estação de Tratamento (ETA) que abastece o município de Olho D’água do Casado. Ainda no município, no povoado Volta, foi encontrado um caso de hidrômetro invertido e uma ligação clandestina à adutora.

Na cidade de Água Branca, a fiscalização não encontrou irregulares. Já no povoado Santa Cruz do Deserto, zona rural de Mata Grande, houve o flagrante de uma propriedade que furtava água da adutora de água tratada para irrigação de coqueiros, o que prejudicava o abastecimento do município. O dono do local foi detido na ocasião.

No total, durante a ação, foram encontrados nove casos de irregularidades, entre eles ligações clandestinas às adutoras e hidrômetros invertidos. Os proprietários dos locais flagrados serão chamados a se regularizar junto à Casal, além de responderem judicialmente pelo crime praticado.

Segundo o vice-presidente de Gestão Operacional da Casal, Francisco Beltrão, antes de deflagrar a operação, da qual ele participou pessoalmente, foi realizado um trabalho investigativo, onde foram mapeados pontos que estavam com desvio de água.

"Os furtos de água estavam comprometendo o abastecimento da região. Flagramos situações absurdas, como uma plantação de coqueiros que era mantida com água furtada da adutora, ou seja, água tratada, pronta para consumo humano. Vamos continuar com essa operação na região para combater essas irregularidades.", disse Beltrão, durante entrevista à rádio Correio Delmiro.

Os trabalhos foram acompanhados pelo comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Joaz Fontes, e o delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP). Os dois são coordenadores da 24ª Área Integrada de Segurança pública (AISP).

Participaram militares da Rádio Patrulha (R/P), do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e da Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes-Caatinga).

A operação teve apoio do Ministério Público Estadual (MPE/AL). Todos os presos foram levados para a 1ª-DRP, onde ficaram reclusos à disposição da Justiça.