Durante sabatina do canal CNN, o candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a relação do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) com o Congresso Nacional. Segundo o petista, Bolsonaro entregou o orçamento ao Parlamento, sendo que a responsabilidade é do próprio governo.
“O que aconteceu hoje no Parlamento brasileiro é pela fragilidade do presidente da República. Ele foi cooptado pelo Parlamento. Entregou o orçamento ao Parlamento, [mas] o orçamento é do governo. O governo tem que executar. Mas o governo está tão fraco que o Congresso se apoderou. Hoje, o Congresso tem mais poder de investimento do que o presidente da República. Isso é muito grave”, opinou.
Segundo o candidato petista, para não ser “refém” do Congresso, o próximo presidente tem que ter uma bancada mais forte. Além disso, apostar no diálogo.
“Eu espero que, durante o processo eleitoral, a gente eleja uma bancada bem mais arrumada do que a temos hoje. E nós vamos ter que conversar. Política é a arte de conversar”, definiu.
Relações internacionais
Lula não criticou Bolsonaro somente no assunto Congresso. Também bateu na postura do atual presidente frente aos demais chefes do Executivo pelo mundo, como seus constantes ataques ao presidente francês. O candidato prometeu que, caso seja eleito, “não vai falar fino com os Estados Unidos nem grosso com a Venezuela”, repetindo uma frase de Chico Buarque da campanha passada.
“É assim que o Brasil vai ser, usar a voz com todos igualmente. E vai se fortalecer de novo no cenário internacional “se fazendo respeitar”, voltar a ter projeção internacional”, declarou.
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