Representantes de 25 das 27 unidades federativas do Brasil se reuniram no Palácio do Buriti, em Brasília, na seguda-feira (23) para pedir o estabelecimento de diálogo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na tentativa de colocar fim à crise institucional que envolve também o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.
 Governadores: a instabilidade política criada por Bolsonaro provoca desconfiança do mercado junto à economia brasileira. Foto: SBT
Governadores: a instabilidade política criada por Bolsonaro provoca desconfiança do mercado junto à economia brasileira. Foto: SBT
A maioria dos governadores participou do encontro de forma remota, por videoconferência. Após a reunião, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) disse que a decisão do grupo foi pedir uma reunião com Bolsonaro, possivelmente na semana que vem, para que temas como reforma tributária passem a ter maior atenção do Governo Federal.
Os governadores manifestam preocupação com as mudanças defendidas pelo ministro da economia, Paulo Guedes. Os representantes estaduais estimam que a reforma afetaria os cofres públicos regionais em pelo menos R$ 15 bilhões anuais. Houve também críticas às acusações de Bolsonaro sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "É uma falácia falar que ICMS é responsável pelos preços dos combustíveis", disse Ibaneis.
Na avaliação dos governadores, a instabilidade política criada por Bolsonaro provoca desconfiança do mercado junto à economia brasileira, que impulsiona o dólar e pressiona o preço dos combustíveis. Pela lógica defendida pelos chefes estaduais, o fim da crise também ajudaria a controlar os preços contados nos postos de todo país.
Além da economia, o governador do Piauí, Wellington Dias, que lidera o fórum nacional de governadores, cobrou atenção do governo federal para questões ligadas ao meio ambiente, como forma do Brasil atender a metas estabelecidas internacionalmente. Para a pacificação política, que permitiria o atendimento das demandas em âmbito nacional, os governadores também pediram reuniões com presidentes da Câmara, Senado e STF.
Os representantes do Amazonas e Tocantins foram os únicos que não participaram da reunião. O governador do Piauí minimizou as ausências, sob a alegação de possível incompatibilidade de agendas.
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