Quatro tremores de terra atingiram Alagoas entre os dias 23 de fevereiro e 9 de março deste ano, segundo dados do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UNB). Em toda a região Nordeste, foram 19 abalos sísmicos num período de menos de 30 dias – de 23 de fevereiro a 23 de março.
Em Alagoas, a origem dos fenômenos foram os municípios de São José da Tapera, no dia 23 de fevereiro, Maravilha, no dia 29 do mesmo mês, Craíbas, no dia 4 de março, e Marechal Deodoro, no dia 20 de março. Em nenhum deles houve registro de danos materiais, apesar de alguns moradores terem comentado, por meio de redes sociais, o susto quando perceberam o fenômeno.
As outras cidades do Nordeste que também registraram os abalos sísmicos, de acordo com o Obsis/UNB, foram: São Caetano, Altinho e Agrestina, em Pernambuco; Miguel Calmon e São Felipe, na Bahia; e Jaguaribe, no Ceará. Entre elas, a mais atingida foi São Caetano, com 7 registros nesse período. Em seguida vem Altinho (PE), com três ocorrências, e Jaguaribe (CE), com dois registros. Nas demais cidades, houve apenas uma ocorrência.
Como ocorre o terremoto
Segundo a página do Obsis/UNB na internet, a camada mais superficial da Terra – a litosfera – divide-se em partes menores chamadas placas tectônicas, que se movimentam lentamente, ocasionando um contínuo processo de esforço e deformação nas grandes massas de rocha.
Quando o esforço é grande e supera o limite de resistência da rocha, esta se rompe, originando uma falha geológica, e acontece o terremoto. Parte da energia acumulada é então liberada sob a forma de ondas elásticas, que podem se propagar em todas as direções, fazendo o terreno vibrar intensamente.
Esse processo, segundo o Observatório, é o causador da maioria dos terremotos. Normalmente, a ruptura das rochas só acontece em profundidade. Nos sismos menores, é comum o terreno se deslocar somente alguns centímetros ao longo da falha geológica. Portanto, a ruptura da rocha é o mecanismo pelo qual o terremoto é produzido.
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