Uma operação em parceria entre a Polícia Civil de Sergipe e as polícias Civil e Militar de Alagoas, deflagrada na manhã desta sexta-feira (3), em Delmiro Gouveia, resultou na prisão preventiva de duas mulheres transexuais com mandados judiciais em aberto, expedidos pela 9ª Vara Criminal de Aracaju (SE).
Sheila Rodrigues da Silva, 22, e Willyane Santos de Jesus, 21, eram procuradas da Justiça sergipana pelos crimes de extorsão e formação de quadrilha. Elas foram localizadas próximo de um prostíbulo, no centro da cidade, depois de um trabalho da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol/PC-AL). As prisões tiveram o apoio da Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes-Caatinga).
As duas e pelo menos outras quatro mulheres trans seriam integrantes de uma quadrilha especializada em chantagear clientes de programas sexuais para obter vantagens financeiras em Aracaju.
Conforme uma das vítimas, inicialmente o contato era feito com uma ou duas mulheres depois chegavam outras que filmavam os programas, faziam ameaças com faca e a obrigavam a fazer transferências via Pix ou pagamentos via cartão por meio de maquinetas que elas mesmas já portavam.
Até um delegado da PC/SE foi vítima das acusadas. Na ocasião elas teriam furtado a arma de fogo funcional dele, que no momento do ocorrido estaria em um carro descaracterizado da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE). O caso aconteceu em agosto deste ano, na Orla de Atalaia.
O número de boletins de ocorrência relatando casos semelhantes e as denúncias de outras profissionais do sexo que se sentiam prejudicadas com a atitude das acusadas, levaram a Polícia Civil sergipana a descobrir o grupo criminoso. Pelo menos seis boletins ajudaram a polícia a identificar seis integrantes da quadrilha.
Em uma operação realizada no início de outubro deste ano a PC/SE conseguiu prender três suspeitas, cujos nomes não foram divulgados pela polícia, mas Sheila, Willyane e Ysa Soares de Jesus conseguiram escapar.
Apesar de foragidas, as três levavam vida de extravagância e grande exposição nas redes sociais, o que ajudou a polícia alagoana a localizar as duas e a prendê-las. Ysa não foi localizada durante a ação policial e continua foragida da Justiça sergipana.
Os trabalhos policiais que resultaram nas prisões foram coordenados pelos diretores da Dinpol delegados Thales Araújo e Daniel Mayer.
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