Atendendo a solicitação do Ministério Público Estadual (MPE), o Poder Judiciário condenou o pai que estuprou a filha de 4 anos, em maio deste ano, no Sítio Cartucho, zona rural de Senador Rui Palmeira. Geneildo Damasceno Silva, conhecido como “Binho”, 37, foi condenado a 18 anos, sete meses e três dias de prisão em regime fechado.
O estupro somente foi descoberto em uma manhã em que a menina chegou à escola e pediu para a professora levá-la ao banheiro. Por estar chorando e bastante nervosa, a atitude da menina despertou a atenção da professora, que a acompanhou ao banheiro, onde percebeu um excessivo sangramento vaginal na criança.
Já prevendo algo sério, a professora perguntou para a pequena vítima se alguém teria mexido em seus órgãos genitais e ela respondeu que “quem mexeu foi o papai, ele colocou o dedo”. Levada para a direção e já na presença do Conselho Tutelar, a vítima manteve a denúncia, acrescentando que o pai costumava praticar sexo oral com ela.
“Binho” foi preso horas mais tarde em casa por uma guarnição do 7º Batalhão de Polícia Militar. Ele estava dormindo no momento em que os policiais chegaram.
Para a polícia, Geneildo Damasceno, sem nenhum constrangimento, confessou a narrativa da filha, falando que dormia todas as noites com ela na cama e que na noite em que abusou dela com o dedo havia chegado em casa embriagado.
Já na unidade de saúde para onde a vítima foi levada, os médicos concluíram que pelo tamanho da lesão nos órgãos genitais da criança e o coágulo encontrado desde o início não foi descartada a consumação do ato com a penetração.
Segundo o promotor de Justiça Fábio Bastos Nunes, que minuciou nos autos indiscutíveis provas testemunhais, levando a Justiça a julgar procedente o seu pedido e a condenar o acusado, Geneildo já teria cumprido pena por outro crime, de modo que no período em que esteve preso a criança ficou com a avó. Ao sair da prisão, o acusado recuperou a guarda da filha.
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