Uma ação em conjunto entre as polícias Civil de Alagoas e São Paulo, deflagrada nesta segunda-feira (8), em São Paulo (SP), resultou na prisão de um foragido da Justiça alagoana por homicídios. Bernardo Rodrigues dos Santos, 51, tinha em aberto dois mandados de prisão preventiva, expedidas pelas Comarcas de Delmiro Gouveia e Água Branca, respectivamente.
A prisão foi realizada depois de um trabalho em conjunto entre a Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), da PC/AL, e a 2ª Delegacia de Capturas da Capital, da PC/SP.
Segundo a investigação, Bernardo assassinou Luiz Teixeira Filho, morto com vários disparos de revólver, no dia 20 de janeiro de 1997, na Rua Fernandes Lima, no bairro Campo Grande, na cidade de Delmiro Gouveia. Testemunhas contaram que o acusado ficou próximo da casa da vítima a esperando retornar da roça e quando ela voltou a matou apenas por perversidade, sem nenhum motivo.
Ainda conforme testemunhas, após matar Luiz, o acusado ficou na rua, próximo ao corpo, desafiando aos moradores que tivessem interesse em falar em favor ou até mesmo contra a vítima. Por não encontrar com quem briga, ele retirou do revólver as balas deflagradas, a recarregou e saiu caminhando pela rua, como se nada tivesse acontecido.
E março do mesmo ano, o então delegado Rômulo Monteiro representou pela prisão preventiva do acusado, que não foi encontrado pela polícia.
Conforme investigação policial, depois de sete anos foragido, Bernardo reapareceu na cidade de Água Branca e matou outra pessoa, dessa vez na companhia de outras duas pessoas. José Rodrigues Sobrinho, conhecido como “Zé Pretinho”, 52, seria um desafeto deles e foi morto a tiros no dia 7 de janeiro de 2004, no Distrito da Serra do Cavalo.
A vítima foi morta depois de se envolver em uma confusão entre a turma de amigos que estava e a que estava com Bernardo. Todos estavam participando de uma novena, mas depois do desentendimento saíram do local. Conforme a polícia, “Zé Pretinho” e amigos foram emboscados quando estavam indo para casa, mas apenas ele foi atingido pelos vários tiros efetuados por Bernardo e morreu no local do atentado.
Sem dúvida da participação de Bernardo e as outras duas pessoas no crime, o então delegado do caso Paulo Cerqueira representou pela prisão preventiva dos três acusado no dia 14 de fevereiro do mesmo ano do crime.
Depois de quase 27 anos foragido, Bernardo agora está preso. Ele foi levado para a Delegacia de Capturas de São Paulo, de onde será encaminhado para audiência de custódia e caso a prisão seja ratificada será recambiado para o sistema prisional de Alagoas.
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