O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, terá R$ 11 bilhões em emendas para destinar como bem entender aos deputados da Casa. A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) deu para Lira poder de decisão sobre uma verba maior que a de ministérios como o de Minas e Energia e o de Ciência e Tecnologia, e quatro vezes o orçamento do Meio Ambiente.
O Planalto não pode influenciar no destino dessas emendas, tão pouco sabe para onde estão indo. São as chamadas RP9 , as mesmas do escândalo do " tratoraço ".
Essas emendas de bancada são chamadas de "secretas", pois não é necessário dizer quem está enviando o dinheiro, nem os critérios de destinação.
No ano passado, essas emendas precisavam passar por pedidos enviados ao ministro Luiz Eduardo Ramos, então na Secretaria de Governo. A maioria dos recursos ia parar na pasta de Marinho, do Desenvolvimento Regional.
Hoje, o único critério é ser aprovado por Lira para recebê-las. Segundo a jornalista, isso criou um "sistema de castas" em que o presidente da Câmara concede verbas maiores para líderes partidários aliados.
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