O Atlético-MG fechou negócio com o Bahia pela transferência do atacante Ademir. O jogador será vendido por volta de US$ 2,5 milhões (R$ 13 milhões na cotação atual), e já prepara as malas para Salvador, onde fará exames médicos e assinará o novo contrato.
Para o Galo, é a possibilidade de entrar mais recursos em um início de ano marcado por dificuldades financeiras (houve atrasos salariais), ainda que tenha de abrir mão de um atacante que é opção para o segundo tempo. Por outro lado, com Coudet, Ademir ficou com espaço reduzido.
Uma outra proposta também chegou ao jogador. O LA Galaxy, dos Estados Unidos. No entanto, o Bahia foi o escolhido. O pagamento do Bahia ao Galo será parcelado.
Ele chegou a ser titular contra o Carabobo na Venezuela, em aposta do treinador, que não tinha Hulk (Covid-19), Vargas e Pavón (suspensos). Ademir, inclusive, teve em campo menos minutos do que o camisa 9 argentino, que precisou cumprir os quatro jogos de punição da Conmebol na fase preliminar da Libertadores.
Há pressão interna no Galo para venda de jogadores, ao mesmo tempo que é preciso manter uma equipe-base para lutar por títulos no Mineiro, Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores. O órgão colegiado do Atlético quer baixar a folha salarial mensal dos jogadores.
A meta orçamentária do Atlético é chegar a R$ 80 milhões em vendas no ano atual. O clube se despediu de jogadores importantes como Keno, Jair e Nacho, conseguindo cerca de R$ 70 milhões já considerando a operação do Ademir. As vendas (e também compras) de direitos econômicos no Brasil são feitas, quase que por regra, de maneira parcelada.
Com a camisa do Galo, Ademir chegou em janeiro de 2022, após assinar pré-contrato no meio de 2021. Era uma grande esperança para dominar a ponta direita, já que tinha ótimos números na última temporada do América-MG, sendo protagonista da inédita vaga na Libertadores do Coelho.
No Atlético, apesar de ter feito gols importantes (gols de empates na Libertadores contra o próprio América e o Emelec; além de balançar as redes do Cruzeiro e duas vezes contra Flamengo), Ademir conviveu com críticas da torcida e não conseguiu conquistar a titularidade de maneira absoluta. Foram 67 jogos e oito gols marcados.
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