O júri de Eliton Alves Barros, acusado de ser o autor material do assassinato do vereador por Delmiro Gouveia Fernando Aldo, ocorrido em 2007, na cidade de Mata Grande, que seria realizado nesta quarta-feira (24), em Maceió, foi suspenso.
A suspensão ocorreu, segundo o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), por motivo de saúde do advogado do réu, que apresentou um atestado médico e não compareceu ao fórum da capital. O documento apresentado pelo advogado João Luiz Fornazari de Araújo informa que ele precisa de 15 dias de licença médica. De acordo com a assessoria do TJ/AL, uma nova data para o julgamento ainda será marcada.
O caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), na madrugada de 1º de outubro de 2007, durante um evento no município de Mata Grande, o réu Eliton e outros três homens efetuaram disparos de arma de fogo contra a vítima. Ainda segundo o MP/AL, os mandantes do crime seriam o então deputado Cícero Paes Ferro e o prefeito de Delmiro Gouveia, Luiz Carlos Costa (Lula Cabeleira).
A aliança entre Lula Cabeleira e Cícero Ferro para as eleições de 2006 teria levado a vítima a fazer discursos contra esses adversários políticos. Cabeleira chamou publicamente Fernando Aldo de homossexual e este respondeu dizendo que as filhas do prefeito conheceriam sua masculinidade.
De acordo com a decisão de pronúncia do réu, as trocas de ofensas ficaram comprovadas diante das inúmeras testemunhas ouvidas, e demonstraram que a vítima era um obstáculo às pretensões políticas dos supostos autores intelectuais.
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