Uma mulher foi presa por ordem judicial, na tarde desta quarta-feira (30), por volta das 12h, no Sítio Serrotinho, zona rural de Inhapi. Vanilda Bezerra de Aquino, 50, tinha em aberto um mandado de prisão definitiva expedido pela Vara do Único Ofício de Mata Grande.
Vanilda foi presa em casa por uma equipe do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), coordenada pelo chefe de operações Flávio Moreira. Ela passou por exame de corpo delito e foi levada para o Centro Integrado de Segurança Pública de Delmiro Gouveia, onde ficou reclusa à disposição da Justiça.
Segundo a investigação a época do crime, na noite do dia 9 de julho de 2018, Manuel Vieira da Silva, conhecido como “Nenezinho”, 53, abusou da filha de 16 anos obrigando-a a praticar vários atos libidinosos com ele. Conforme a polícia, o ato criminoso acompanhado de violência física era frequente e era de conhecimento da mãe da vítima, esposa de Manuel.
A polícia apurou que todas as noites o criminoso esperava que a esposa e os outros filhos dormissem para ir ao quarto da filha mais velha, onde a tocava por todo o corpo. Além disso, em outras ocasiões, ele ficava a observando enquanto trocava de roupa no quarto, ao qual tinha livre acesso.
Em uma dessas vez em que olhava a filha trocar-se, conforme a polícia, Manuel mostrou o pênis para a adolescente e a atitude acabou sendo flagrada pela mãe e os irmãos menores de idade dela. Pesar disso, Vanilda não tomou nenhuma atitude para denunciar o marido.
A investigação apontou que a perversão de Manuel chegou ao ponto de ele obrigar a filha a baixar vídeos pornográficos no celular dele para ficar observando enquanto ele os assistia. Além disso, por ciúmes da vítima, ele a deixou com vários ferimentos pelo corpo ao agredi-la com um fio de energia elétrica.
De acordo com a polícia, a mãe da menina pedia para ela não revelar para as demais pessoas o que estava passando, mas que a vítima chegou a ligar para os avós para contar o que estava acontecendo. Vanilda teria defendido o marido, alegando que a menina estava mentindo.
Vanilda foi denunciada pelo Ministério Público (MP) porque para o órgão ela se omitiu do dever de cuidar da filha menor de idade. Ela foi condenada ao cumprimento de pena de 14 anos de reclusão por estupro qualificado e três meses por lesão corporal.
Antes dela o marido já tinha sido preso por determinação da Justiça e continua recluso cumprindo a pena dos crimes atribuídos a ele.
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