A assessoria da Polícia Civil (PC) confirmou as oitivas dos parentes e outras pessoas ligadas a aposentada Maria José dos Santos, 64, a “Santinha”, encontrada morta na última sexta-feira (5), na casa onde ela passava as notes, no centro de São José da Tapera.
Conforme o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, onde o corpo foi necropsiado, a idosa foi morta por excesso de emprego de energia mecânica e uso de objeto de corte contundente.
A principal suspeita do crime, uma mulher também de idade avançada e que foi detida no começa desta semana por uma guarnição do 7º Batalhão da Polícia Militar, sendo liberada diante do flagrante ter se inspirado, deverá ser a última a ser convocada pela polícia. O filho dela, que segundo a família da vítima foi a pessoa que encontrou o corpo, também será ouvido na fase final das investigações. A polícia, que trabalha com duas linhas de investigação, quer saber se durante a fuga da suspeita ela teria tido ajuda do filho e de outras pessoas.
Maria José dos Santos passava o dia na casa da família e a noite ia para a casa da suspeita que vivia sozinha.
Contam os familiares que na sexta-feira, como era de costume, “Santinha” foi aguardada pela irmã para tomar o café da manhã, mas não apareceu. Habitualmente a idosa chegada muito cedo e a ausência chamou a atenção dos familiares.
Intrigada, a irmã ligou para o celular da dona da casa onde a aposentada havia dormido, porém ninguém atendeu. Preocupados, familiares foram até a residência, mas lá a casa estava fechada. As preocupações aumentaram quando eles insistiram com as ligações para a dona da casa e as chamadas eram recusadas.
Decididos em resolverem o mistério, parentes da mulher foram ao local de trabalho do filho da dona da residência, que, incialmente, disse que não sabia da mãe, mas depois se prontificou em ajudar nas buscas por ela.
Horas mais tarde o homem (filho da suspeita) ligou para a família revelando que “Santinha” havia morrido e que o corpo estava na casa dela. Desesperados, parentes da aposentada foram para o local e a encontraram morta caída no chão, ao lado da cama.
As contradições do filho da suspeita levaram os familiares da vítima a suspeitar de que ele já sabia da morte da idosa e que também sabia que a mãe estava foragida. Os parentes tiveram certeza depois que saiu o laudo do Instituto Médico Legal (IML), confirmando que “Santinha” teve a morte provocada por traumatismo craniano decorrente de uma forte pancada na cabeça.
“Soubemos que o filho dela contou que a mãe teve uma discussão de madrugada com a nossa “Santinha” e a empurrou de modo que ela bateu a cabeça na cabeceira da cama e morreu. Daí a mulher ficou nervosa e saiu sem destino. Mas achamos essa versão muito estranha. Todo o tempo ele sabia que “Santinha” estava morta e nos iludiu, dando tempo para a mãe fugir. Infelizmente a Polícia Civil não esteve na casa. Muito estranho isso. Um crime e a polícia judiciária não aparece nem registrou nada. Somos todos tementes a Deus e só nos resta pedir para o assassinato ser esclarecido e que os nomes dos responsáveis sejam divulgados, e que eles sejam julgados, como é o certo. Apenas isso”, falou outro parente da idosa morta.
Procurado, o 7º Batalhão de Polícia Militar confirmou que uma guarnição foi deslocada ao endereço onde o corpo foi encontrado e que o caso foi registrado como “morte a esclarecer”. Agora, com a confirmação do laudo do IML, o caso será informado à Polícia Civil, que deverá convocar os parentes das vítimas e as testemunhas.
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