Segundo o desembargador Klever Loureiro, essa acusação é “desprovida de qualquer fundamento”. “É uma pessoa que conheceu fulano de tal, que diz que conheceu fulano de tal, e que sequer foi ouvido o desembargador (Washington Luiz). Sob a minha ótica jurídica, eu achei isso aí uma agressão ao poder, porque contrariou a própria Constituição Federal, que ninguém poderá ser acusado de qualquer ato sem que lhe dê o direito de defesa, e sequer o nosso presidente foi ouvido”, comentou Loureiro, durante entrega de títulos de propriedade em Delmiro Gouveia, no último sábado (2), numa ação do programa Moradia Legal II, em entrevista concedida à Rádio Correio FM.

O corregedor-geral de Justiça do TJ/AL também destacou que a notícia do afastamento do presidente da casa foi recebida com surpresa e tristeza. Segundo ele, o desembargador Washington Luiz estava viajando quando soube da decisão do CNJ. Ele disse ainda que chamou a atenção a celeridade com que a decisão foi tomada e que a mídia cobrou algo do qual não tinha conhecimento do conteúdo.

“Então, para todos nós do Poder Judiciário, nos sentimos realmente ofendidos com essa decisão precipitada. Respeitamos, mas achamos injusta”, finalizou o desembargador Klever Loureiro.

Na ocasião da passagem por Delmiro Gouveia, foram entregues 230 títulos de propriedades de imóveis. Também participaram do evento o juiz Carlos Cavalcanti, o juiz Giovanni Jatubá, a vice-prefeita do município, Ziane Costa, e secretários municipais.

O Moradia Legal foi idealizado em 2005 pelo desembargador Washington Luiz, quando era corregedor-geral da Justiça de Alagoas. Em sua primeira edição, foram distribuídos mais de 12 mil títulos de propriedade de imóveis. A previsão agora é de que, na segunda edição do programa, mais de 20 mil pessoas sejam beneficiadas.