O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (22) que integrava o chamado Centrão durante anúncio da reforma ministerial prevista para acontecer no governo na semana que vem. O chefe do executivo já foi filiado ao PP, sigla que integra o bloco político, entre 2006 e 2014, quando era deputado federal.
“O Centrão é um nome pejorativo. Sou do Centrão. Fui do PP metade do meu tempo. Fui do PTB, fui do então PFL. No passado, integrei siglas que foram extintas”, disse o chefe do executivo ao rebater as críticas de que tenha entregado o governo para o Centrão ao nomear o senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro da Casa Civil.
Bolsonaro afirmou ainda que pretende buscar apoio dentro do Congresso seguindo as “4 linhas da Constituição” e que não via “problema” em incluir o senador no seu governo.
NOVO MINISTÉRIO
Bolsonaro negou que o governo esteja criando um novo ministério e novas despesas. Segundo o presidente, a nova pasta preencherá o espaço deixado pelo Banco Central, que perdeu o status de ministério quando foi aprovada a autonomia do banco.
“Esse ministério vem para ajudar, realmente não vai pesar em nada nas finanças nossas. Não vamos criar cargos“, afirmou.
Bolsonaro também reforçou que Luiz Eduardo Ramos continuará como ministro. Ele deixa a Casa Civil para assumir a Secretaria Geral da Presidência. Já Onyx Lorenzoni, que estava na secretaria, assume uma nova pasta desmembrada da Economia, o Ministério do Emprego e da Previdência Social, que foi criada com aval de Paulo Guedes, segundo o presidente.
“Ele mesmo [Guedes] concordou com a tirada dessa parte [da pasta da Economia] para passar para esse novo ministério. Dá uma certa uma descompressão do Paulo Guedes e deixa o Onyx Lorenzoni tratar dessa questão importantíssima [do emprego]”, afirmou.
REPERCUSSÃO
Políticos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro comentaram sua declaração sobre ser do “Centrão”.
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