Há quem diga que mães são todas iguais, só mudam de endereço. Mas será mesmo? Dizem por aí que elas são melancólicas e exageradas, que parecem prever o futuro quando tentam nos orientar ou aconselhar. Vai dizer que você, em algum momento da vida, e que devem ter sido muitos, não refletiu ou esbravejou “Minha mãe tinha razão”?
Pensando nelas e para elas, aproveitamos o mês de maio para declarar nosso amor e agradecimento, pois essas mulheres incríveis que exercem papéis diversos merecem todo nosso carinho. Entretanto, como encontrar as palavras certas e o presente certo, se para elas o maior e o melhor presente somos nós?
No círculo da vida, a arte de ser mãe não se ensina nas escolas, não é algo que herdamos e tampouco se aprende nos livros. Ser mãe é encontrar forças como você jamais achava que teria em seu interior, é tentar explicar um amor que não se explica. É pedir a Deus para lhe proteger de todo mal, e lhe apoiar a cada decisão sua.
O coração de mãe possui uma capacidade enorme de amar e perdoar. É um amor diferente e tão poderoso que a fará suportar as noites em claro, que a fará tentar decifrar em seu choro suas necessidades e também a fará mudar no físico, no psicológico e também na rotina para lhe receber e lhe atender, pois ser mãe não é apenas trocar fraldas, aquecer mamadeiras ou lutar contra o sono.
Ser mãe significa mudar a sua vida, seu tempo, seu pensamento, é dar o seu coração, seu amor e ensinar os filhos a viver. Ser mãe é tentar responder a inúmeras perguntas, como: “Mãe, o que é isso?”, “Mãe, o que é aquilo?”, “Mãe, me dá? Se essa infinidade de coisas assusta você, tente questioná-las: como é ser mãe? No mínimo, lhe dirão: “ser mãe é a melhor coisa do mundo”.
Para elas, nossa felicidade é muito importante e elas fazem de tudo para nos proporcionar o melhor, ou seja, abrem mão de seus sonhos, para que nós possamos realizar o nosso. No geral, o bônus da maternidade vem com o tempo, quando as mães se enchem de orgulho de suas ‘proles’, quando estas conseguem terminar os estudos, conseguem um trabalho, quando se casam e mais adiante lhes agraciam com netos.
Porém, nesse mundo de meu Deus, nem todos irão presentear e estar com suas mães neste dia especial. Se pensarmos com atenção, quantos filhos gostariam de abraçar e beijar sua mãe com todo afeto e quantas são as mães que gostariam de ter em seus braços o filho amado? Já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade, “Por que Deus permite que as mães vão-se embora?”
Que bom seria se todos os dias fosse o “Dia das Mães”, que os filhos acordassem sensíveis a uma tamanha gratidão, que seus corações fossem cobertos de respeito, obediência e carinho. Ah, que bom seria se os filhos ouvissem suas mães, como ouvem o melhor amigo, ah, que bom seria se eles a tratassem como uma joia e pensassem antes de responder, e não as rejeitassem pelas consequências da idade que o tempo traz.
Ah, que bom seria também se as mães não abandonassem seus filhos recém-nascidos, que não os jogassem em valas, rios, lixo, ao invés de doá-los às instituições de adoção. Ah, que bom seria se todas as mães fossem mães, porém sabemos que quase todas as mulheres do mundo conseguem e são progenitoras, mas ser mãe vai muito além da gestação.
Você deve conhecer alguma avó que assume total responsabilidade pela educação e criação dos netos, assim como deve conhecer alguma mãe que cria e educa os filhos sozinha. Entretanto, hoje as circunstâncias da vida ou impostas pela sociedade ou pelo meio fazem com que muitos pais também assumam o papel de mãe. Com isso, notamos que é cada vez mais comum que as mães tenham que trabalhar fora e deixar os filhos aos cuidados de outros, quem nem sempre são pessoas que têm algum parentesco com a criança.
Por outro lado, muitos são os motivos que fazem com que a mulher deseje ser mãe e, com isso, desempenhe dois papéis, em alguns casos vêm pela decisão de ter um filho sem pai, através da inseminação artificial. Em outros casos, porque não sabe quem é ou porque o pai não aceita, não reconhece o filho como sendo seu, e também há casos de pais divorciados ou mães que ficaram viúvas.
Entre tantos exemplos e situações que fazem parte de ser mãe, proponho a seguinte reflexão: Porque ser mãe? Para algumas mulheres, é um sonho, para outras, um desejo, em alguns casos uma vontade que chega, mas a decisão depende da realidade e dos valores de cada uma delas, pois ter um filho é uma responsabilidade e um compromisso e deve ser uma decisão meditada com tranquilidade, segurança e amor.
Com tudo isso, se nós filhos fôssemos ou pudéssemos agradecer pela decisão delas em querer ser mãe e levar a gestação até o fim, passaríamos o resto da vida devendo e não encontraríamos presente nenhum no mundo que fosse capaz de recompensar tanto amor e dedicação. Assim, não fique escolhendo presentes caros ou apenas esperando o mês de maio chegar para declarar seu amor, faça-o a qualquer dia.
O fato é que não importa quando e nem como iremos homenageá-las, o mais importante é fazê-lo sempre, pois, como já dizia o poeta e cordelista Braúlio Bessa, “a coisa mais joiada, mais preciosa, mais arretada da vida da gente, simplesmente não se escolhe”: a MÃE!
Feliz Dia das Mães!
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