Em conversa nesta terça-feira (3) com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer diversos ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Na segunda (2), Barroso teve apoio unânime de todos os ministros da Corte.
Também na segunda, o TSE abriu, por unanimidade, um inquérito administrativo sobre ataques à legitimidade das eleições.
O plenário do TSE também aprovou, com votação unânime, um pedido ao STF para que Bolsonaro seja investigado no inquérito que apura a disseminação de fake news.
Em resposta à decisão sobre os inquéritos, o presidente Bolsonaro voltou a ameaçar a realização de eleições no ano que vem, caso a sua vontade não prevaleça e o processo de votação não mude. E disse que não aceitará o que chamou de intimidações.
"Não será admitido eleições...Não serão admitidas eleições duvidosas ano que vem. O Brasil vai ter eleição ano que vem. Eleições limpas, democráticas. Quem votar, vai assumir 23", disse Bolsonaro.
"Dizer mais, encerrando. O Brasil mudou. Jurei dar minha vida pela pátria. Não aceitarei intimidações. Vou continuar exercendo meu direito de cidadão, de liberdade de expressão, de criticar, de ouvir e atender acima de tudo a vontade popular", continuou o presidente.
Também na segunda, o filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, Tomás Covas, comentou uma declaração de Bolsonaro sobre seu pai.
A apoiadores, horas antes, Bolsonaro se referiu a Bruno como "o outro, que morreu".
“O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, disse Bolsonaro, repetindo críticas sobre as medidas restritivas para conter a Covid. Bruno Covas morreu em maio, vítima de câncer.
A coluna da jornalista Monica Bergamo, da "Folha de S. Paulo", publicou a resposta de Tomás:
"Lamento a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde hoje durante a tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas", disse o filho do ex-prefeito à colunista.
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