Ao menos 4 congressistas são alvo de uma investigação da PF (Polícia Federal) sobre a venda de emendas parlamentares. São pelo menos 2 inquéritos sob sigilo no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o chamado “feirão das emendas”. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Um dos investigados é o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA). Os nomes dos outros 3 continuam sob sigilo.
A apuração sobre a venda de emendas foi divulgada pelo ministro Wagner Rosário, da CGU (Controladoria Geral da União) na quarta- feira (6), em uma audiência pública na Câmara dos Deputados. Na ocasião rosário afirmou que “vários casos” estavam em apuração e que não havia dúvidas de irregularidades.
“Não temos dúvidas de que vai existir corrupção na ponta, agora o nosso trabalho [de apuração] tem que ser bastante cauteloso.”.
Segundo o Estadão, Maranhãozinho foi alvo da Operação Descalabro, deflagrada em dezembro do ano passado. O deputado é suspeito de direcionar R$ 15 milhões em emendas para fundos de saúde controlados por prefeituras do Maranhão. Essas prefeituras fechavam contratos fictícios com empresas de fachada para que o dinheiro voltasse para o congressista.
“Posteriormente essas empresas efetuaram saques em espécie e o dinheiro era entregue ao deputado, no seu escritório regional parlamentar em São Luís”, diz relatório da PF sobre a operação.
A investigação contra Maranhãozinho foi autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski. Na época, o STF também determinou que R$ 6 milhões do patrimônio de Maranhãozinho fossem bloqueados.
Na quarta-feira (6), o deputado foi algo de uma operação do Ministério Público do Maranhão. O motivo foi a suspeita de fraude em licitações R$ 160 milhões.
Depois da Operação Descalabro, outra foi aberta em maio, incluindo os outros 3 políticos. Documentos com nomes de congressistas e menções a possíveis propinas pagas pelo direcionamento de emendas.
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