O senador Jorginho Mello criticou o foco da CPI da Covid-19 estar em torno do governo federal e não dos Estados e municípios. Para ele, isso é um despropósito. “O governo não pagou um centavo. Então, se não tem corpo, não tem delito. O que houve foi algumas pessoas que tentaram se aproveitar para dar golpe no governo. E não conseguiram. O governo Bolsonaro não tem nenhuma mancha. Não gastou um centavo com vacina, remédio ou equipamento que não precisava. Os Estados, sim, tem festival de picaretagem e o STF não deixou investigar. O Supremo é assim. Não deixa investigar corrupção em Estados e municípios e dá alvará para ficar de boca fechada quem não quer falar”, afirmou Mello.
Ele criticou os habeas corpus para depoentes da CPI que garante o direito de silêncio em perguntas que comprometedoras. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o relator da proposta que proíbe bancos de cobrarem tarifas por serviços não utilizados pelo consumidor também falou sobre o projeto. De acordo com ele, essa prática é comum dos bancos. “Cobrar por serviços não prestados. Se você utiliza até R$ 500 do limite do cheque, você não paga nada. Acima disso, você paga. Isso é uma brincadeira. Está embutido no pacote e os bancos ignoram”, avalia. Apesar disso, Jorginho Mello afirmou não ser contra bancos.
“É que banco não ajuda ninguém, só te derruba. Banco oferece dinheiro para quem tem dinheiro, sempre foi assim.” Jorginho Mello lembrou que, mesmo entre crises e diferentes governos, os “bancos estão cada vez mais parrudos”. Jorginho Mello reafirmou que, no Brasil, inúmeras pessoas emprestam dinheiro informalmente, os chamados agiotas. E que os bancos são “agiotas oficializados”. “Quero dizer a todos: não precisa ser muito severo com banco, mas também não precisa ser bonzinho. Eles não precisam do favor de ninguém. Eles são os que mais ganham dinheiro. Não podem estar cobrando pacotes e mais pacotes de serviços só porque são disponibilizados e não usados”, finalizou o senador.
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