O corpo da adolescente foi encontrado no dia 1º de julho, enterrado em uma cova rasa em área de mata. A identidade foi confirmada após exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML).

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Homicídios da 2ª Região, sob o comando do delegado Leonardo Amorim, contaram com apoio do 35º Distrito Policial (35º DP) de Olho D’água das Flores, da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Dinpol) e do setor de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao final, foram identificados quatro envolvidos: três homens e uma mulher.

Do grupo, um homem e sua companheira estão presos preventivamente, outro suspeito morreu em confronto com a Polícia Militar e o quarto permanece foragido.

Segundo o delegado, a ordem para o assassinato partiu de líderes de uma facção criminosa. Kelly foi submetida a um “tribunal do crime” sob a falsa acusação de ser “delatora”, por supostamente informar à polícia a localização de um integrante da organização. As investigações, no entanto, comprovaram que a adolescente nunca fez tal denúncia, sendo morta injustamente, vítima da violência arbitrária imposta pelo grupo.

O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário com o indiciamento dos autores identificados, e a polícia segue em diligências para capturar o foragido.