Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, 8, para anunciar que a legenda será oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva a partir de janeiro do ano que vem. O discurso era aguardado após rumores de que o PL deixaria o presidente Jair Bolsonaro isolado a fim de se aproximar do Partido dos Trabalhadores (PT), retomando uma composição que aconteceu nos dois mandatos de Lula, entre 2003 e 2010. “O Bolsonaro é nosso capitão, vamos segui-lo”, prometeu Costa Neto, que depois foi questionado se o atual chefe do Executivo voltará a ser candidato à Presidência. “Não tenho dúvida disso. Quatro anos não são nada. Ele é novo ainda. Será nosso candidato a presidente em 2026.” O político, no entanto, anunciou que a sigla vai aguardar o relatório das Forças Armadas sobre as urnas antes de decretar o e encerramento das eleições deste ano. “Dependendo do que apresentarem, vamos brigar para que o TSE responda.”
Bolsonaro, contou Costa Neto, será convidado a exercer o cargo de presidente de honra do PL. A ideia do presidente da legenda é colocar Bolsonaro “à frente desta luta que ele construiu”. O posicionamento coincide com o resultado eleitoral obtido pela legenda. Ao abrigar figuras notórias do bolsonarismo, a sigla conquistou a maior bancada do Congresso Nacional, com 99 cadeiras na Câmara dos Deputados e 14 senadores, sendo seis destes eleitos neste ano. “O bolsonarismo está ficando maior que Bolsonaro. Temos de trabalhar isso para que o pessoal não atravesse o samba, não passe do limite. Às vezes, o cidadão está tão revoltado que toma uma providência que não aprovamos, como fechar estradas e ruas.”
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