Hoje se fala muito em bullying, uma palavra de língua inglesa usada para definir tudo de ruim que acontece em sala de aula e fora dela. Há crianças e adolescentes que sofrem no dia a dia escolar situações que lhes causam mal e que para o agressor é apenas uma brincadeira, já para o outro é tido como uma agressão.
De modo geral, tudo acontece quando o agressor ou um pequeno grupo implica com um determinado aluno, através de constantes ameaças, insultos, humilhações, etc. Os insultos propagam-se pelos corredores da escola e, em pouco tempo, instalam-se pelas redes sociais, como espécies de apelidos pejorativos, tendo por objetivo humilhar o colega.
A criança e o adolescente que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos. O maltrato os fará sentir medo, ansiedade, angústia, a tal ponto que, em alguns casos, pode levá-los a desenvolver um comportamento agressivo e, em situações extremas, cometer suicídio.
Apesar da gravidade do problema, existe solução. Faz parte dela a adoção de atitudes em casa, onde o diálogo deve ser constante. É necessário que os pais estejam atentos à rotina escolar do filho. O acompanhamento, a orientação e a participação são fundamentais, para que eles percebam se o filho é o autor, a vítima ou mesmo a testemunha do problema. Identificado o contexto, devem conversar a respeito e, ao mesmo tempo, pedir ajuda à escola.
Já o ambiente escolar deve promover ações educativas, com palestras, dinâmicas de grupo com os alunos, debates com os professores, coordenadores, pais e especialistas, para que juntos possam encontrar as causas e intervir para que o bullying não volte a acontecer entre os estudantes.
A troca de informações entre os pais e a escola é essencial, pois uma situação de bullying pode estar prejudicando o rendimento e o cotidiano escolar. A criança ou o adolescente dará sinais de que algo não está bem, mostrando-se irritado, angustiado e inventando mil desculpas para não ir à escola. Os pais precisam entender que somente a escola não conseguirá identificar e coibir o problema sozinha, pois é preciso o trabalho em conjunto.
Ensinar a respeitar os colegas de escola desde cedo é o caminho, pois quando a criança aprende isso, torna-se um adulto consciente e seguro. Afinal, brincadeiras só valem quando todos se divertem, e nunca, jamais, quando acontecem à custa de outro.
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