Começou em todo o país a campanha de conscientização contra o câncer de mama, conhecida como “Outubro Rosa”. Um movimento que vem ganhando força a cada ano e tem por objetivo conscientizar a sociedade, em especial, as mulheres sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e, apesar de também atingir os homens, as mulheres acima de 35 anos são as principais vítimas. Por isso, o autoexame, os exames clínicos anuais e as mamografias frequentes podem reduzir a mortalidade das mulheres propensas ao problema, principalmente após os 50 anos.
Para os especialistas, o câncer de mama é uma patologia que, se diagnosticada precocemente, tem mais chances de ser tratada e diminui a necessidade de quimioterapia e até de uma possível mastectomia (cirurgia para retirada do seio). No entanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no Brasil, são diagnosticados mais de 50 mil casos por ano.
E muitos desses casos estão relacionados a fatores de riscos ambientais, comportamentais, reprodutivos, hormonais, genéticos e hereditários. Estima-se que 30% dos casos da doença de mama poderiam ser evitados quando são adotadas práticas saudáveis como: praticar atividade física, alimentar-se de forma saudável, manter o peso corporal adequado e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Porém, um dos grandes desafios no controle do câncer de mama não depende unicamente do paciente, mas também do acesso ao diagnóstico e ao tratamento com qualidade e no tempo oportuno. Se de um lado o paciente que depende da rede pública de saúde enfrenta uma longa espera por consultas, exames e pelo tratamento contra a doença, do outro, o paciente da rede privada precisa lidar com a espera pela autorização dos convênios e com a falta de cobertura para remédios oncológicos.
Em alguns casos, o tempo de espera é tanto que o paciente não resiste, vindo a falecer antes mesmo de começar o tratamento, por isso, mais do que campanhas, laços rosas, iluminação nas praças e monumentos, é preciso mais investimento no sistema de saúde para que mulheres e homens possam realizar o exame e começar o tratamento. Além disso, é fundamental lembrar que a doença não escolhe classe social, que ela acomete a todos durante todo o ano e não apenas no mês de outubro.
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