O que mais escutamos hoje, em qualquer roda de amigos ou em qualquer conversa, são queixas constantes de nossa falta de tempo. Tudo passa muito rápido e temos a impressão de que o tempo é insuficiente para realizarmos o que queremos. Essa sensação fica ainda mais clara quando vemos que, nos últimos 12 meses, não conseguimos atender aos amigos, amores, e-mails, trabalho e, principalmente, atender aos familiares.
Daí nos vem a seguinte frase: “o ano passou voando” e não deu tempo para fazer nada, e quando somos questionados, respondemos sem indagar: “não temos tempo”. O tempo é um dos aspectos mais fascinantes da vida e, por incrível que pareça, é único para cada um de nós, mesmo que os relógios sejam iguais e o ano tenha 365 dias para todos. O que diferencia o tempo, então, é como cada um lida com ele.
E nesse sentido vamos vivendo, perdemos tempo de nossas vidas fazendo promessas. Elaboramos listas gigantescas com inúmeros desejos, como: perder peso, melhorar financeiramente, fazer exercícios físicos, visitar os familiares, sair mais com os filhos, ir ao cinema, praia, parque, etc.
Se você conseguir cumprir metade das promessas que enumerou em sua lista de fim de ano, é um sinal de que tenha vivido mais e melhor, caso contrário, continuará perdendo tempo, fazendo promessas e vivendo pouco. Se os planos que você tinha de viajar, visitar os amigos e se fazer mais presente, por exemplo, foram substituídos por tarefas e horas extras no trabalho, pelas redes sociais e diante de uma televisão, é preciso repensar e mudar seus hábitos.
Muitas pessoas usam as promessas como forma de recompensar o ano que passou. Promessas não cumpridas são simplesmente feitas para o ano seguinte e, assim, nesse ciclo vicioso, prometemos, achamos que seria muito bom se aquilo acontecesse, mas na maior parte das vezes não agimos ou fazemos todo o sacrifício necessário para conseguir, e quando as dificuldades aparecem, desistimos e voltamos a prometer.
Ao pensarmos no ano que termina, podemos rever nossas escolhas e aprendermos algumas lições. O que foi bom deve perpetuar, e o que não foi já é passado, temos uma nova chance para acertar e fazer diferente. O problema das promessas é que elas são facilmente substituídas e não cumpridas. O problema da falta de tempo não está relacionado a ele, mas sim a você. O dia tem 24 horas, e você tem 365 dias para fazer dessas horas momentos únicos, inesquecíveis e especiais.
Por isso, proponho a seguinte reflexão: olhe para dentro de si e responda “o que você realmente almeja para 2018? Você irá se comprometer?” Toda mudança em nossas vidas exige comprometimento, exige esforço e renúncia. Metas e planos são alcançados, desde que se lute por eles. Se você quer chegar ao fim do ano com seus planos realizados, é necessário planejar o que você irá fazer. Não faça promessas que não serão cumpridas, planeje melhor e vá à luta.
Por fim, independentemente de qualquer coisa, saiba reconhecer seus limites e falhas, agradeça mais, peça desculpas, visite os familiares e amigos, saia do sofá, converse com os amigos pessoalmente e nunca se esqueça de que sempre é tempo de recomeçar.
Feliz 2018!
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