O presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (25) voltou a dizer que não há corrupção na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo. Afirmou que será aberto inquérito contra o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que na 4ª feira (23.jun) disse ter alertado Bolsonaro sobre irregularidades nas negociações do imunizante.
“Vocês querem imputar em mim crime de corrupção em contrato que não foi gasto 1 centavo”, disse.
Minutos depois, o presidente completou: “Se querem me julgar por corrupção, vão se dar mal. Sou incorruptível, além de imbrochável”.
Bolsonaro deu as declarações a jornalistas em Sorocaba (SP), onde inaugurou Centro de Excelência em Tecnologia.
Perguntado se o contrato com a empresa Precisa Medicamentos, empresa brasileira que intermediou a compra da Covaxin, será rompido, o presidente respondeu:
“O contrato, pelo que me consta, não há nada de errado nele. Quero ouvir a opinião do Queiroga”.
O MPF (Ministério Público Federal) pediu investigação na esfera criminal contra o Ministério da Saúde por identificar indícios de crime de improbidade administrativa no contrato do órgão com a Precisa Medicamentos. Eis a do despacho (42 KB).
Mais uma vez, o presidente atacou jornalistas em entrevista.
“Pare de fazer perguntas idiotas, pelo amor de Deus, parece pergunta… você acabou, nasça de novo você, ridículo, está empregado onde? Vamos fazer pergunta inteligente”, disse a um dos profissionais que fazia seu trabalho.
Em sua live na última quinta-feira (24.jun), Bolsonaro disse que “perdeu a paciência” com a imprensa. Afirmou que “não tem interesse” em conversar com veículos de comunicação definidos por ele como “porcarias”. Nesta 6ª, porém, parou para falar com os jornalistas em Sorocaba.
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