A Gerência de Inteligência Policial (Ginpol), da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), realizou um trabalho investigativo em conjunto com a Delegacia de investigações Gerais de Ribeirão Preto (DIG) e localizou Reginaldo.

Segundo a investigação policial da época, na manhã do dia 24 de abril de 2009, por volta das 9h40, Reginaldo entrou na Loja La Belle, situada na Avenida Batalha, em Piranhas, se passando por cliente. Depois de escolher um pacote de cuecas e um sapato, ele se dirigiu ao caixa, perguntou o preço dos produtos e anunciou o assalto.

Armado com um revólver, o acusado rendeu a atendente e outros funcionários da loja e roubou do caixa a quantia em dinheiro no valor de R$ 360,00. Ele fugiu na garupa de uma moto, levando ainda consigo o pacote de cuecas e o sapato que havia pego no início.

Ao tomar conhecimento do ocorrido, a proprietário do estabelecimento acionou a Polícia Militar (PM/AL), mas como a instituição demorou a mandar uma guarnição para atender a ocorrência, ela decidiu apurar o caso por conta própria. A empresária conseguiu identificar o suspeito de conduzir a moto utilizada no assalto. O caso foi levado para a Polícia Civil (PC/AL).

Enquanto investigavam o assalto, os policiais civis descobriram que Reginaldo Pereira havia sido preso no Distrito do Piau, suspeito de ter roubado uma moto e um aparelho de som, na zona rural de Senador Rui Palmeira. Ele foi levado para a Delegacia Regional de Polícia de Delmiro Gouveia (1ª-DRP), onde foi ouvido pelo delegado de plantão.

Interrogado pela equipe da Delegacia de Polícia de Piranhas, Reginaldo confessou que foi procurado por Raniere Soares Melo (o condutor da moto identificado pela dona da loja) para assaltar o estabelecimento. Ele disse que o revólver utilizado no assalto foi pego emprestado com José Renaldo de Oliveira, morador do Distrito do Piau. O criminoso contou que dividiu o dinheiro roubado com Raniere, mentor do crime.

Levando em conta que Reginaldo estava fora de flagrante delito e não havia ordem de prisão contra ele, mesmo diante da confissão, o delegado responsável pelo caso teve que liberá-lo, enquanto representou pela prisão preventiva dos três suspeitos citados. O pedido foi corroborado pelo Ministério Público (MP) e deferido pela Comarca local.

Com os mandados judiciais em mãos, os policiais organizaram uma ação para prender os acusados, mas localizaram apenas Raniere Soares e Reginaldo Pereira. José Renaldo passou a ser considerado foragido da Justiça.

Depois de cerca de três meses preso, Reginaldo conseguiu um habeas corpus, com uma série de medidas cautelares. Em liberdade, ele aproveitou a oportunidade para fugir.

Agora capturado, ele está recolhido no sistema prisional de São Paulo e será recambiado para Alagoas, onde ficará recluso à disposição da Justiça.