Quando se fala em tribo, pensamos em povos indígenas, não é? Pois bem, no mundo dos adolescentes, esse conceito mudou, assim como, nossa sociedade também. Hoje, fazemos uso de diversos meios de comunicação para interagir, e ainda assim, mesmo com tanta modernidade, vivemos e necessitamos de uma tribo.
Viver em tribo faz parte do desenvolvimento do ser humano e é cada vez mais comum que os jovens busquem seu grupo. Há uma inquietação juvenil que o impulsiona a se sentir diferente e, consequentemente, fora dos padrões comuns, porém, semelhante a alguma turma ou tribo.
No geral, essa necessidade dos jovens de se agrupar faz parte de sua identificação, ou seja, eles buscam grupos que tenham hábitos, valores, ideologias e interesses comuns aos seus. Neste processo de identificação, tudo é levado em conta, como a maneira de se vestir, os pensamentos, o vocabulário, as preferências musicais, etc.
Em um mundo cada vez mais mediado pelas tecnologias, a diversidade de tribos se multiplica. Se antes conhecíamos apenas os hippies, os nerds, os punks, os surfistas, os góticos e as patricinhas, hoje já identificamos novas tribos, como os funkeiros, os metaleiros, os emos, os esportistas, os motoqueiros, os skatistas, os grafiteiros, os pagodeiros, os sertanejos, os rappers, entre outros grupos.
Diante da diversidade, cada tribo possui uma estrutura ou estilo próprio, como, por exemplo, os punks que são reconhecidos pelo estilo das roupas, dos acessórios, das músicas e por seus cabelos moicanos. Outra tribo bastante comum são os hippies que adotam um estilo de vida comunitário, usam frases idiomáticas, geralmente associadas a “Paz e Amor”, e estão envolvidos em questões ambientais, ou seja, levam a vida em comunhão com a natureza.
Os âmbitos escolares também possuem seus grupos, é comum identificarmos a tribo dos nerds. Estes são facilmente descobertos, pois só pensam em estudar, tiram as melhores notas, são fascinados pelas tecnologias, sempre ou quase sempre usam óculos de grau, uma roupa ‘engomadinha’ e ficam longe das turmas populares. Estas, por sua vez, são conhecidas como as patricinhas ou os mauricinhos, com um estilo descolado, estão sempre bem vestidos, demonstram pouco interesse pelos estudos e gostam de andar na moda e usar coisas caras.
Neste mundo de tribos e estilos não basta pertencer ao grupo, é preciso compartilhar e seguir o estilo onde quer que vá. Para os skatistas, a vestimenta é fundamental, desde boné, calças largas, tênis apropriado para a prática esportiva e uso constante do skate. O mesmo acontece aos surfistas, que além de possuir a natureza como filosofia de vida, desde o mar, as ondas e as energias, não dispensam as roupas leves, como bermudas, e as roupas apropriadas para a prática do esporte, além, claro, da prancha.
Com o passar das gerações e os avanços tecnológicos, novos grupos ou tribos vão surgindo na sociedade. Assim, nesse emaranhado de diferenças e estilos, o mais importante é a rede de amizade que se estabelece. Não esqueçamos que viver em tribo é um estilo de vida, sendo de fundamental importância para o ser humano, por ser e por fazer parte de algo.
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