“Fui pego de surpresa porque achei que havia um entendimento com o Sinteal, já que a proposta foi realizada baseada em uma auditoria solicitada a parte, com acompanhamento do Ministério Público”, disse o prefeito.

“Acredito que a gente não vai precisar fazer um embate jurídico, comigo tem diálogo, mas peço que reflitam direitinho, até porque não posso comprometer as finanças e atrasar o pagamento dos salários no fim do ano”, finalizou Padre Eraldo.

A proposta de reajuste salarial ofertada pelo prefeito aos servidores da Educação de Delmiro Gouveia foi rejeitada, na manhã desta segunda-feira (2), durante assembleia do diretório regional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal).

Na última quarta-feira (27), também durante assembleia com a categoria, o gestor tinha ofertado para todos os servidores da rede municipal de ensino reajuste de 6,81%, sendo 3% em julho e 3,81% em outubro. A categoria quer o reajustamento de 10%, mas o prefeito alega que não há viabilidade financeira para concessão.

O Ministério Público Estadual (MPE/AL), por meio da Promotoria de Justiça do município, acompanha as negociações, inclusive solicitou um estudo técnico, onde foi apontada a possibilidade de reajuste de 6%, sendo 3% em julho e 3% em outubro.

Padre Eraldo ofertou um percentual acima do que foi indicado pelo estudo do consultor técnico em legislação educacional Milton Canuto, estendendo, inclusive, para o pessoal de apoio, mas não convenceu a categoria.

Vale salientar que, no início das conversas, Padre Erado chegou a informar que não havia possibilidade nenhuma de reajustamento, que a proposta era de 0%, no entanto, com o endurecimento do diálogo por parte dos servidores, o gestor ofertou 4% de reajustamento, sendo 2% em junho e 2% em outubro, mas a categoria não aceitou.