Para muita gente, adjetivando oposição na política no Brasil o que aparece são as minorias. Até pode ser, mas, nos interiores, principalmente em cidades do Sertão, oposição é no máximo um político que venceu apertado alguma eleição e que por diversos motivos não encontra ambientes para se articular e com pouca visão e estudo macro de como deve se comportar no atual contexto, da oposição não passa.
Fazendo uma analogia, poderíamos dizer que tais opositores convivem com o princípio da paz perpetua Alcatiana da paz universal, do filosofo Kand e se você tiver algum interesse é bom pesquisar.
Verdadeiramente é de se espantar a timidez da oposição sertaneja e assim o mais próximo adjetivo que encontramos, principalmente, fazendo uma analogia aos integrantes da quase maioria das Câmaras de Vereadores, onde chega a ser cômico e pobre o papel dos “fiscais do povo” diante dos “chefes” prefeitos, os legisladores municipais deixam a desejar.
Sem citar nomes, somente porque posso esquecer de alguns, aqui no Sertão tem Câmaras que só tem sessão se o “chefe” prefeito autorizar, mesmo o legislativo tendo vereador de oposição. Também aqui no Sertão as “sessões” mais sérias(?) são as que acontecem nas conveniências dos postos de combustíveis, sempre regada a bebidas alcoólicas, com direito no final a transações bancarias.
Muito recentemente um impeachment de uma vice-prefeita não foi aprovado diante, não por conta dá sustentação do pedido, mas 100% porque o “chefe” não quis, sendo aí atropelado o que diz a Lei.
Claro, a oposição pecou por acreditar em se só, principalmente não se preparando desde que assumiu o mandato. São dez meses de mandato e não vemos nenhum oposicionista fazer um curso de oratória, nenhum vereador de oposição ter uma assessoria (ganham bem, mais só querem o dinheiro pra eles), não vemos vereador de oposição visitar ou revisitar seus eleitores, enfim, não vemos vereadores de oposição ir as comunidades levantar os problemas e apresentar soluções. Não. Nas sessões é só blá, blá, blá.
Não se enganem e nem fiquem com raivinha. Mas oposição deve se atentar para não “ajudar” os crimes da situação eterna. Vencer uma eleição com 400, 500 ou 600 votos, para um oposicionista, não é muito difícil. Manter esses votos para uma próxima eleição compactuando com os erros que quando era candidato prometeu combate-los, aí sim é difícil. Não deveria, mas vou fazer. Quer uma dica para ser um grande político? Primeiro não traia sua própria palavra. Segundo, não seja subserviente e por último, vá estudar e se liberte da tarja e da alma penada do “politicozinho” de oposição.
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